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terça-feira, 29 de maio de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Lobo em pele de ovelha
Olhando a imagem acima temos, ainda que tênue, uma visualização do que Jesus disse a respeito dos lobos que se apresentariam no meio do rebanho vestido de pele de ovelhas. Ficamos com a impressão de quanto cuidado deve ter os que servem a Cristo com fidelidade da ameaça que representa esta realidade. Ninguém está imune. Nenhum rebanho estar isento de, num dado momento, ter adentrado em seu meio pessoas que interiormente são lobos ferozes mas por fora são ovelhas dóceis e mansa, e enganando a muitos. O Senhor Jesus advertiu seus discípulos e mostrou qual deveria ser os cuidados que deveria tomar sua igreja frente a esta realidade, "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas" Mt 10.16.
.
O apóstolo Paulo em sua despedida da igreja que estava na cidade de Éfeso (Ásia Menor) faz a mesma advertência porém elevando-a para o meio eclesiástico, "Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue. Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho, e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si. Portanto vigiai, lembrando-vos de que por três anos não cessei noite e dia de admoestar com lágrimas a cada um de vós", At 20.28-31. Não temos nós desta geração, mas do que nunca, testemunhado tão dolorosa realidade? Não temos visto quanto estrago tem sido praticado no meio do rebanho do Senhor por causa desses lobos devoradores? Portanto, a exortação do Nosso pastor Jesus é mesma para nós desses últimos dias da igreja de Cristo na terra.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Homenagem
Da esquerda para a direita Pr. José Carlos de Lima (Presidente da AD Paraíba), Pb. José Antônio, Ev. José Batista da Silva, Ev. Walter Melo, Pr. Luiz de Gonzaga e Silva (Pr. da AD Sapé / Pb), Pb. Junior Mendes da Silva, Pr. Rosildo Ferreira da Silva, Ev. Paulo de Oliveira
Aniversário de 90 anos do Evangelista Paulo de Oliveira - Rio Tinto / PB
Aniversário de 90 anos do Evangelista Paulo de Oliveira (Rio Tinto / PB). Da esquerda para a direita (Pb. Luiz Gonzaga Filho, Pb. Junior Mendes da Silva, Ev. Fábio Luiz, Ev. José Batista da Silva, Ev. Paulo de Oliveira(aniversariante), Pr. Luiz de Gonzaga e Silva - da cidade de Sapé / PB
quarta-feira, 11 de abril de 2012
A revelação de Jesus Cristo
É consenso
comum entre boa parte dos estudiosos da Bíblia que o versículo chave do apocalipse
encontra-se logo no início do livro ‘Revelação de Jesus Cristo’ (1.1). Podemos
então inferir que se trata da revelação de Jesus Cristo dada por Ele mesmo a
João, ou seja, Jesus revelando-se a si mesmo em seu estado de glória ao
apóstolo do amor. Vários são os aspectos de Cristo nesta aparição e cada
aspecto tem um ou mais significados que denotam o Cristo em glória. “João viu
Jesus Cristo em um estado glorificado similar, na sua transfiguração (Mt 17.2),
e havia visto o seu corpo ressurreto depois que Ele ressuscitou, até a ascensão
(Jo 20; At 1.2-11). Nesta visão, o véu foi afastado, e João viu aquele a quem
conhecera em carne”. [1]
Semelhante ao Filho do Homem – Este
aspecto do Cristo glorificado demonstra sua perfeita humanidade, o verbo
encarnado tornara-se perfeitamente humano, por isso a conclusão: Jesus Cristo é
perfeitamente Deus e tornara-se, em sua encarnação, perfeitamente homem. O
Senhor Jesus várias vezes em seu ministério terreno referiu-se a si mesmo como
o Filho do Homem (Mt 9.6; 10.23; 11.19; Lc 6.5; 9.22; Jo 3.13,14). Esta
expressão também denota o Cristo exaltado e está relacionado à mesma expressão
usada pelo profeta Daniel (Dn 7.13-15) onde fala do governo do Messias sobre
todas as nações (Dn 7.14,15; Fp 2.9-11; Ap 17.14). “Filho do homem é uma tradução semítica para ser humano. Daniel viu um como o filho do homem, o que significa
que o que ele viu não era, na verdade, um homem, mas a representação perfeita
da humanidade”. [2]. Portanto, a humanidade perfeita de Cristo, sua exaltação e
seu governo sobre as nações são caracterizadas neste aspecto do Senhor visto
por João, o apóstolo.
Vestido até aos pés de uma veste comprida e
cingido pelo peito com um cinto de ouro – A semelhança do sumo sacerdote da
Antiga Aliança Jesus aparece na visão vestido por uma longa veste (Êx 28.4),
esta é a aplicação aceita entre a maioria dos estudiosos bíblicos. Porém a
outras aplicações para este aspecto principalmente no que se refere ao cinto
cingindo o peito que era usado por trabalhadores daquela época significando que
sua atividade estava concluída, ou seja, enquanto trabalhava o trabalhador
usava o cinto ao redor da cintura e quando concluía seu trabalho o cingia no
peito dando mostras que sua tarefa estava terminada. Cristo concluiu a obra da
Salvação no Calvário. O ouro simboliza a realeza, o poder e a autoridade de
Cristo sobre todas as coisas. As vestes brancas simbolizam também a santidade
de Deus. Jesus é o nosso Sumo Sacerdote que adentrou aos céus, “Porque nos
convinha tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores, e feito mais sublime que os céus” (Hebreus 7.26).
Cabeça e cabelos brancos como a neve, como
a lã branca – Esta imagem está relacionada à mesma de Daniel 7.9 onde diz
que “um ancião de dias se assentou” no trono. Esta simbologia refere-se à
eternidade de Deus. A Bíblia diz que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e
eternamente” (Hb 13.8). João havia contemplado esta mesma aparência gloriosa de
Cristo em sua transfiguração no monte (Mt 17.2). “As descrições demonstram a
pureza e imortalidade, tanto de Deus-Pai como do Deus-Filho” [3]. Este aspecto
também simboliza a dignidade do Cristo vivo, pois cabelos brancos representam
dignidade acrescentada pela idade.
Os olhos como chama de fogo – Fogo nas
escrituras geralmente denota justiça divina, julgamento de Deus sobre o pecado.
Um dia, toda obra que alguém tenha feito no reino de Deus passará no ‘crivo’
deste olhar como chama de fogo para
saber se subsistirá ao teste da justiça de Cristo (I Co 3.12-15). “Isso indica
Sua justiça, assim como Seu juízo sobre todas as coisas impuras” (Dn 10.6; I Co
3.13) [4].
Pés semelhantes ao latão reluzente –
Este aspecto simboliza respeito, poder e domínio sobre todas as coisas. Todas
as coisas estão debaixo dos pés de Cristo (I Co 15.25).
Sua voz, como a voz de muitas águas –
reflete a abrangência e a força da voz divina na revelação. A Bíblia diz que “A
voz do Senhor ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; O Senhor está
sobre as muitas águas. A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de
majestade” (Salmo 29.3,4). Este aspecto de Cristo glorificado, entre outros,
serve pra mostrada sua deidade e sua plena igualdade com o Deus-Pai, pois o Pai
na antiga aliança havia se manifestado com esta mesma voz ao profeta Ezequiel, “Eu
vi a glória do Deus de Israel que vinha do oriente. A sua voz era como a voz de
muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória” (Ezequiel 43.2).
Da sua boca saía uma aguda espada de dois
fios – A palavra de Deus é representada nas Sagradas Escrituras como a
Espada do Espírito, “Tomai também... a espada do Espírito, que é a palavra de
Deus” (Ef 6.17). Mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes que tem o
poder de penetrar até a divisão da alma e do espírito humano (Hb 4.12). Isaías
acerca do Messias diz “E fez a minha boca como uma espada aguda...” (Is 49.2).
“As palavras do Messias vindouro seriam como uma espada afiada que penetra na
consciência de todo aquele que as ouvir” [5]. Portanto, esta longa e afiada
espada de dois gumes que sai da boca do Cristo glorificado representa o poder e
o juízo que é promovido pela Palavra de Deus ao entrar no profundo do coração
do ser humano.
Seu rosto como o sol em toda a força –
Revela a majestade e a glória do Deus-Filho. João havia contemplado o seu rosto
desfigurado pelo sofrimento na ocasião do seu martírio, marcado pelos cravos da
coroa de espinhos que estava em sua fronte. O profeta Isaías acerca deste
acontecimento fala do Messias como alguém que “... não tinha formosura nem
beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o
desejássemos. Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e
experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto,
era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is 53.2,3). Agora, o seu rosto
brilhava como o sol em sua plena força revelando a majestosa beleza do Cristo
glorificado. E chegará o dia em que todos os seus santos o verão assim como Ele
é (I João 3.2). Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
[1] Bíblia de Estudo Defesa da
Fé. Rio de Janeiro, CPAD, 2010. Pg. 2013
[2] O NOVO COMENTÁRIO BÍBLICO
ANTIGO TESTAMENTO. Rio de Janeiro, EDITORA CENTRAL GOSPEL, 2010. Pg. 1286
[3] O NOVO COMENTÁRIO BÍBLICO
NOVO TESTAMENTO. Rio de Janeiro, EDITORA CENTRAL GOSPEL, 2010. Pg. 760
[4] Ibidem.
[5] Bíblia de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro, CPAD, 1995. Pg. 1049
terça-feira, 10 de abril de 2012
O arrependimento de Deus
Então se arrependeu Deus de ter
feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. (Genesis 6.6)
No principio criou Deus os céus e a terra, e tudo que neles há, e dentro
dessa criação está a mais perfeita e singular obra, a qual é o ser humano, o
homem. O ser humano é a mais grandiosa criação de Deus, sendo semelhança e
imagem do Próprio (Genesis 2.26). Tudo o que existe na terra, céu e mar, foram
criados pela ação da palavra de Deus (Genesis 1.3 em diante), mas, o homem foi
projetado, formado e criado pelas próprias mãos de Deus Pai, Filho e Espirito
Santo (Genesis 1.6; 2.7). O homem tem
algo que lhe diferencia dos demais seres viventes, o qual é o sopro da vida,
que significa uma parte de Deus dentro do ser humano. Deus investiu tempo,
confiança e vida em sua criação chamada homem, Deus projetou lugar e condições
de vida e existência para o homem, suprindo suas necessidades físicas e
espirituais (Genesis 2.9, 15-17, 21-25). Mas, o tempo passou, e o mal que já
existia mesmo antes das criações dos mundos, retratado na pessoa angiológica de
lúcifer (satanás) (Isaias 14.11- 23) entra agora em ação, tendo em vista que
perdeu lugar junto de Deus (Ezequiel 28.11-19), pois queria ser maior que Deus,
investe agora contra a criação de Deus, tendo como alvo principal o homem, e de
uma forma estratégica e oportunista, satanás consegue através da sagaz fraqueza
da serpente, uma das criaturas de Deus, consegue chegar e enganar o homem, a
mais perfeita e sublime criação de Deus, pois aonde satanás chega, traz
prejuízo e problemas, pois não foi diferente com o primeiro homem, Adão, foi
enganado ele e sua mulher Eva (Genesis 3.1- 6.6), pois satanás foi, é e sempre
será responsável por todos os males que possa surgir na terra, e desse engano
de Adão em diante, surgiu a passagem (Então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe
pesou no coração (Genesis 6.6), passagem a qual muitos não entende, e não
interpretam como convém interpretar , e satanás sabendo disso lançou a falsa
interpretação, que o homem causou tristeza e arrependimento a Deus, e de uma
forma sincrética e subliminar, satanás lança a Idea que a mais sublime e
perfeita criação de Deus, não e tão perfeita e sublime assim, dizendo então que
Deus falhou em sua criação, e que o homem na verdade só trouxe tristeza e
descontentamento para Deus, e isso é uma mentira descabida de satanás , pois
ele mente de varias formas , mente desde o principio, mente tão bem que parece
ser verdade, mente tão bem, que chega até a confundi os mais ilustre doutores
da lei, como por exemplo, Gamaliel. A
bíblia não deve ser interpretada de uma ótica lógica e física, e sim de uma
visão espiritual na pessoa do Espirito Santo, pois a própria palavra de Deus explica ela mesma, basta termos disposição
para examina-la e estuda-la, em oração e verdade, e com certeza Deus nos dará o
entendimento.
A palavra arrependimento nesta passagem
de Genesis 6.6, em original Hebraico significa “Tristeza”, Em nossa língua
“arrependimento”, tristeza ou arrependimento do ponto de vista humano e lógico,
é algo que não é bom e agradável de ter, pois estamos acostumados a interpretar
tudo que vimos e ouvimos a cerca da bíblia ou de Deus, do ponto de vista atual
e natural, e ai erramos, pois Deus não se explica ou se entende, com raciocínio
lógico e minado por uma cultura naturalista, emocional, carnal e muita das
vezes diabólicas, então precisamente nessa passagem que está em discursão,
existe dois tipos de interpretação, a Natural
e a Espiritual, pois o entendimento
e raciocínio humano a cerca dessas duas palavras “tristeza e
arrependimento”, e diferente da
interpretação de Deus, pois quando tentamos interpretar a palavra de Deus de um ponto de vista
natural, racional e lógico, não deixamos lugar para a verdadeira interpretação,
que só se da por meio da interpretação Espiritual, mas como entender e afirma
tal assunto, somos humanos, mas devemos interpretar a palavra de Deus de uma
forma espiritual, pois a ciência explica do ponto de vista dela o principio de
tudo, e em nenhum momento reconhece Deus como autor e criador de todas as
coisas, mas vejamos:
Humana:
o humano é orgulho, egoísta, tem limites, regras, leis e tempo (Eclesiastes
3), e costuma explicar Deus de um ponto de vista natural e lógico.
Deus: È o EU SOU, existe por
si só, não tem limites, regras, leis e tempo, e é explicado e entendido de uma
forma espiritual, por fé, pela Bíblia.
Mas Genesis 6.6 diz que Deus se
entristeceu e se arrependeu de ter feito o homem, é nesse momento que temos que
interpretar de uma forma espiritual, o assunto em pauta, pois o diabo está
sempre pronto para nos enganar, e nos fazer interpretar de maneira errada a
palavra de Deus, pois quando o versículo diz que Deus se arrependeu e se
entristeceu de ter feito o homem, e porque Deus viu que o homem foi enganado
pelo diabo, e agora iria sofrer todas as consequências previstas para tal
engano. Deus não queria que sua criação sofresse todas aquelas
consequências, Deus poderia ter livrado
a sua criação de todos os males que até hoje assolam a sua criação, mas ele não
livrou diretamente, pois da mesma forma que é misericordioso e bondoso, é justo, e o senso de justiça de Deus, não
livrou diretamente o homem das tais consequências, pois mas tarde faz uma
promessa a respeito do grande livramento
eterno , oferecido e homologado por Jesus o Filho de Deus , então entendemos e
compreendemos que Deus jamais se
arrependeu e entristeceu de ter feito o homem, pois tal arrependimento e
tristeza se deu pelo fato, que o homem
iria a parti do tal engano, sofrer todas as consequências.
O diabo tentou, e tenta de todas a
formas tirar a importância de Adão a criação de Deus, pois a importância e
influência de Adão é fundamental para fé cristã e obra de Cristo, pois Adão lembra
limites, engano e necessidade de Deus e salvação, e o diabo sabendo dessas
verdades tentou e tenta colocar o homem contra Deus, trazendo a mente do homem
que somos uma criação que não deu certo um projeto que trouce prejuízo, mas ele
perdeu , pois Jesus já veio e nos deu a
grande vitória, pois Jesus é o Adão que não foi enganado, o diabo bem que
tentou, na grande tentação, mas ele perdeu, pois Jesus o adão que não foi
enganado estava preparado; com essas verdades termino minha participação por
esse momento, lembrando que você e a
melhor obra das mão de Deus, e que Ele está feliz por ter criado você. Basta
somente reconhecer e interpretar o que Deus tem para você fica na Paz do senhor
Jesus.
Dc. Daniel Rego
Daniel do Rego é colaborador do Blog Pb. Junior Mendes
segunda-feira, 2 de abril de 2012
A lembrança do passado: Um aparente paradoxo bíblico.
Para este assunto
vamos tomar como base dois versículos da Palavra de Deus: “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas”
(Isaías 43.18) e “Lembrai-vos das coisas
passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há
outro semelhante a mim” (Isaías 46.9). À primeira vista estes versículos
parecem gerar um forte paradoxo. Afinal, o povo de Deus deveria ou não lembrar do seu passado? Deveria ou não Israel voltar suas lembranças nos tempos
antigos? É bíblico ou não um crente lembrar das grandezas que Deus realizou
durante a história passada da igreja na qual congrega? Esta aparente
contradição bíblica é resolvida quando analisamos cada um desses versículos
dentro do seu contexto.
Confesso que preocupa-me o fato de alguém querer ignorar os acontecimentos grandiosos ocorridos na história da igreja. Como se lembrar dessas coisas não fizesse
sentido algum para a fé do povo de Deus. Vez por outra ouvimos irmãos esbravejarem do púlpito: “Quem vive do passado é museu”.
Confesso que em minha ignorância já disse isso algumas vezes. Porém, pergunto,
esta afirmação está correta no sentido na qual é colocada pelos pregadores?
Precisamos mesmos esquecer as realizações miraculosas que Deus tão bondosamente
realizou em nosso meio, e não mais falarmos delas sob o risco de parecermos
saudosistas? Erra o irmão ou a irmã que se põe a fazer uma analogia entre o
estado da igreja de outrora com o que temos vivenciado hoje? Creio
que não. Não podemos esquecer a memória de nossa igreja. Não devemos reprimir
as lembranças dos que viveram tempos de intenso avivamento na Casa do Senhor.
Com muita propriedade disse certo pensador: “Um povo sem memória, sem passado, é um povo sem futuro”.
Confesso que alegra-me o coração ouvir os irmãos mais velhos relatarem as manifestações que o
Senhor operava, e a freqüência com que Ele operava num passado próximo. Tais
relatos servem para que possamos verificar nossa ‘temperatura’ espiritual de
hoje com a que foi vivida por estes irmãos outrora. Não quero com isto dizer
que Deus não opera hoje, de forma alguma. Ele opera sim, pois “Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente”
(Hebreus 13.8) e como disse o grande legislador de Israel, Moisés: “... sim, de eternidade a eternidade, tu és
Deus” (Salmo 90.2). Contudo, em alguns momentos fico com a impressão de que muito do que está acontecendo hoje durante a celebração do culto nas igrejas, e é apresentado como uma ação divina, tem muito
mais de homens do que de Deus. Tem muito mais emocionalismo da carne do que
santas emoções produzidas pelo Santo Espírito. Então, é natural que aqueles que viveram e presenciaram num passado recente as operações de Deus no meio do Seu povo, a dimensão e a freqüência com que ocorriam estas manifestações divinas, há de estranhar algumas manifestações de hoje e sentir
falta do mover do Espírito Santo na igreja de Deus como ocorria antes. Não
vamos entrar em detalhes, mas em muito lugares tem ocorrido coisas 'bem estranhas' durante a celebração do culto, as quais são tidas como operação do Espírito Santo.
Olhando os
relatos do final do êxodo na ocasião em que Josué e o povo de Israel atravessaram
o rio Jordão a pés enxuto (Josué cp. 3), no grande milagre da travessia do
Jordão, para entrarem na terra prometida, encontramos uma ordem expressa de
Deus a Josué para que ele separasse doze homens dentre os filhos de Israel, um
de cada tribo, para que estes levantassem cada um uma pedra de dentro do rio
Jordão, do lugar aonde havia pisado os pés dos sacerdotes no meio do rio, e
estas pedras deveriam ser arrumadas num monumento na outra margem do rito e
posteriormente na cidade de Gilgal (Josué 4.1-5,8-9,20). Mas qual a razão para
tal ordem? Por que Deus queria um monumento de pedras tiradas do rio erguidas
num local determinado por Ele? A resposta a estas questões está no final do
versículo que diz: “... assim que estas
pedras serão sempre por memorial aos
filhos de Israel” (4.7) e também quando diz: “... Quando no futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo:
Que significam estas pedras?, fareis saber aos vossos filhos, dizendo: Israel
passou em seco o Jordão...Para que todos os povos da terra conheçam a mão do
Senhor que é forte, para que temais ao Senhor, vosso Deus, todos os dias”
(4.21-24). Eis aí a razão. Deus não desejava que as futuras gerações do seu povo
Israel esquecessem do que Ele havia operado naquele dia em favor dos
Israelitas. O Senhor estava estabelecendo um memorial, para onde as futuras
gerações dos filhos de Israel deveriam voltar seu olhar e lembrar do grande
poder do Senhor Jeová, a fim de temerem sempre ao Senhor e fortalecerem a sua fé
Nele. “Um monumento de pedras era freqüentemente usado para relembrar às gerações futuras a respeito
do livramento divino e da sua graça para com o seu povo. O crente de hoje pode
escolher certas coisas ou lugares como memoriais para relembrar as grandes coisas que Deus fez por eles...” (1).
Portanto, neste contexto o Senhor faz questão que seu povo não esqueça dos
milagres e maravilhas que Ele operou no passado, a fim de que a fé do crente
seja fortalecida e este saiba que o mesmo Deus que operou antigamente é o mesmo
que pode operar hoje. Por isso ele diz: “Lembrai-vos
das coisas passadas...” através do profeta Isaías ao povo de Judá que iria
para o cativeiro babilônico, mas precisaria manter sua fé viva no Senhor seu
Deus.
Por outro lado
há um passado que Deus não quer que estejamos apegados a ele. O passado de
sofrimento, pecado e julgamento. O Senhor deseja que seus filhos esqueçam. Há
cristãos que comumente estão voltando a lembrar-se do seu passado, da vida de pecados
que levavam antes de se tornarem salvos na pessoa bendita de Jesus Cristo, e se põe a falar
dele às outras pessoas. Ora, se nem mesmo Deus deseja lembrar destas coisas como diz em
sua Palavra “... porque perdoarei a sua
maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados” (Jeremias 31.34), por
que deve lembrar-se delas o crente nascido de novo? “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas
já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Coríntios 5.17). Portanto, neste
contexto Deus diz “Não vos lembreis das
coisas passadas. O próprio Deus através do profeta Isaías trás à memória do
povo de Judá os Seus feitos maravilhosos operados outrora na vida de seus
antepassados, (Isaías 43.16-17) e promete que irá fazer coisas maiores do que
aquelas presenciadas pelos seus pais, “Eis
que farei uma coisa nova...” (vs.19,20). Contudo, o povo de Judá deveria
esquecer as profecias de julgamento proferidas contra eles, “As coisas passadas são as profecias de
juízo anunciadas por Isaías e outros profetas (Is 42.9,21-25; 43.9,10; 46.8,9; 48.3)". (2).
Concordo que
nenhum crente ou igreja ‘viva’ do seu passado como que se as manifestações
espirituais desse tempo seja apenas uma realidade distante e impossível de
acontecer novamente. Não devemos olhar para trás com um coração cheio de
incertezas e o pensamento de ‘bons
tempos que não voltam mais’, de jeito nenhum. O fervor, a devoção, o poder
para vencer o mundo e o pecado. A santidade e as manifestações gloriosas da
igreja de tempos remotos devem-nos inspirar, provocar em nós santo temor e santo
desejo para buscarmos ao Senhor e pedir que ele derrame um grande avivamento
entre nós. Deve-nos conduzir de volta para o altar da Palavra de Deus. Mover-nos
em direção ao Senhor com maior devoção e desejo da Sua presença, “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a
vós...” (Tiago 4.8). Portanto, lembrar ou não lembrar do passado, como diz
a Palavra de Deus, dependerá do contexto no qual encontra-se uma e outra
advertência.
Pb. Junior Mendes da Silva
Pb. Junior Mendes da Silva
(1) Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro. CPAD,
1995, p.351
(2) O Novo comentário BIBLICO ANTIGO TESTAMENTO. Rio
de Janeiro. EDITORA CENTRAL GOSPEL, 2009, P.1079
sexta-feira, 30 de março de 2012
Apocalipse, a Revelação de Jesus Cristo. Subsídios para a lição Bíblica
As revelações
dadas por Jesus Cristo ao apóstolo João, quando este se encontrava preso na
ilha de Patmos por causa do seu testemunho e da Palavra de Deus (Ap. 1.9), foi
endereçada à igreja do primeiro século, principalmente as sete igrejas da Ásia
menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia (Ap. 1.11).
Contudo, sua mensagem abrange a totalidade da igreja de Cristo em todo tempo, pensamento
este que é fortemente validado pela ocorrência do número sete (que aparece
muitas vezes neste livro: sete igrejas, sete estrelas, sete castiçais, sete
selos, sete trombetas, etc.) que trás a idéia de plenitude nas Sagradas
Escrituras, e pelos três problemas principais que se sobressaía naquelas
igrejas: esfriamento espiritual,
perseguição e a presença de falsos profetas. Vale lembrar que a igreja era recém
formada, pois fazia apenas aproximadamente 60 anos da sua fundação, se
considerarmos que o livro foi escrito por volta da década de 90 depois de
Cristo, e já estava açoitada por estes infortúnios que sempre aparecem na
história da igreja do Senhor no decorrer do tempo. Estudando Apocalipse podemos
concluir que a sua mensagem, principalmente as cartas, podem ser aplicadas aos
santos da igreja de Cristo em todo o tempo e lugar. Apesar de essas cartas
serem endereçadas nominalmente às sete igrejas da Ásia menor, sua mensagem
continua tão vívida e tão válida quanto o foram naquele tempo. As condições
espirituais na qual se encontravam os crentes daquelas igrejas, as advertências,
os elogios e as recomendações proclamadas por Jesus a estes, são tão atuais
hoje como o era naquela época. Alguns estudiosos encerram a mensagem à igreja e
à história do passado. Outros a remete para um futuro distante. Mas o certo é
que a mensagem do apocalipse não perdeu sua validade e efeito com o passar do
tempo. Estudos e debates vêm sendo travados ao longo dos anos sobre o
cumprimento das profecias e o forte simbolismo que contém o último livro das
Sagradas Escrituras. Neste trimestre teremos a oportunidade de estudarmos o
conteúdo deste livro e conhecermos mais acerca da sua mensagem. Composto por
revelações, profecias, visões, símbolos e imagens que apontam para o futuro, este
livro, “é um livro que fascina e perturba os leitores” (Richards, 2007, p.540),
razão pela qual para muitos o livro do apocalipse não constitui uma obra
convidativa para a leitura e a reflexão e não são poucos os que não se debruçam
sobre suas verdades por acharem dificílimo e muito enigmático sua compreensão e
entendimento. No entanto, ao mesmo tempo em que fascina e perturba, o apocalipse
“nos apresenta claramente uma percepção grandiosa e irresistível. O gentil
Jesus dos Evangelhos é o Poderoso Deus que exibirá sua majestade nos terríveis
julgamento sobre o pecado” (ibidem). Portanto, a mensagem do apocalipse não
somente contém advertências e imagens poderosas, mas também palavras de grande
consolo, esperança e fortalecimento para a fé dos crentes de todas as épocas.
Estamos convidados! Vamos nos esmerar nos estudos desse trimestre com muita
humildade e submissão a Santa Vontade de Deus e, acredito que o “Pai das luzes, em quem não há mudança, nem
sombra de variação” (Tg 1.17), há de lançar mais luz ao nosso entendimento
para a compreensão das verdades reveladas neste tão maravilhoso livro das
Sagradas Escrituras.
No decorrer do
tempo linhas de interpretações do apocalipse foram sendo construídas pelos
estudiosos da Bíblia Sagrada. A interpretação Futurista, por exemplo, defendida pela igreja
primitiva através dos patriarcas como Justino Mártir, Irineu e outros, associa os
eventos descritos neste livro, com exceção das cartas, ao futuro retorno de
Cristo, e as bestas dos capítulos 13 e 17 identificadas com o anticristo. Esta
é a linha mais comumente aceita pela maioria dos estudiosos de hoje. Já a visão
Historicista, que associa estes eventos ao período
da história entre a primeira vinda de Cristo e a sua segunda vinda, e a
interpretação Preterista, que
atribui os eventos do apocalipse descritos por João como uma forma de descrever
os movimentos do império romano e a religião romana de seus dias (o imperador
romano se auto proclamava deus e exigia adoração e a perseguição à igreja
estava intensificada), não recebe quase nenhuma aceitação hoje em dia. Porém, independente
da linha de interpretação a ser seguida a mensagem do livro apresenta, entre
muitos eventos, o conflito dos santos com o reino das trevas, a luta do bem com
o mal, e Deus por fim triunfando sobre todos os poderes das trevas. Sua
mensagem apresenta a grandeza e o poder de Deus independente de quaisquer
circunstâncias. Seu julgamento iminente sobre os ímpios e todos quantos
rejeitaram seu amor e sua misericórdia, não faltará. Quão consolador é para nós
sabermos que um dia toda a injustiça e toda a maldade por fim será exterminada.
Que gozo indizível é gerado na alma do salvo ao ler este livro e descobrir que
há um céu de gozo eterno preparado para ele e que uma nova cidade toda adornada
de ouro e cristal será a sua morada eterna. Como é reconfortante crer que os
sofrimentos pelos quais passam os servos de Jesus Cristo por causa da sua fé e de
seu testemunho um dia cessarão, e que nem mais morte, nem mais choro e nem mais
dor sofrerão os santos de Deus. Jesus Cristo, o cordeiro que foi morto e
reviveu, o Leão da Tribo de Judá, o Rei dos reis e Senhor dos senhores é o
centro da mensagem do apocalipse.
Imaginemos como
foi espantoso e ao mesmo tempo glorioso para o apóstolo João que anos passados
havia presenciado a crucificação de seu Mestre, assistindo aquele espetáculo
horripilante onde O Cristo agonizava frágil e debilitado pendurado numa cruz
(João 19.26,27), agora via o mesmo Cristo glorioso e majestoso (Ap. 1.12-16). O
cordeiro de Deus agora se apresenta como o Grande Juiz. O doce rabi da Galiléia
se mostra agora como O Leão da Tribo de Judá. Sua voz mansa e suave agora
estrondava como o barulho de muitas águas. A visão era magnífica! E Ele mesmo
diz a João “E o que vivo e fui morto,
mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e
do inferno” (1.18). E a João não restou outra coisa diante de tão esplendorosa
aparição de seu Senhor a não ser cair aos seus pés “E eu, quando vi, caí a seus pés como morto e ele pôs sobre mim a sua
destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último” (1.17). Esta é
a mensagem principal deste livro: O grande Deus reinará para sempre com os seus
santos. Todo o mal que assola a humanidade por fim terminará. E diante de tão
maravilhosa revelação resta-nos continuarmos fiéis ao Senhor e à Sua Palavra. Resta-nos
unirmos cada vez mais ao Santo Espírito de Deus e dizermos: Maranata! Ora vem
Senhor Jesus! Boa Aula.
____ _____________________________________________________________________
RICHARDS, O. Lawrence. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, P. 540
quarta-feira, 28 de março de 2012
Batismo com O Espírito Santo, segundo Charles G. Finney
Amados, diante de tantos movimentos ditos espirituais que temos visto em nossos dias. Diante da venda de milagres que vem sendo praticada por alguns pastores, bispos e apóstolos, e a tentativa de descaracterizar o batismo com o Espírito Santo como o temos nas Sagradas Escrituras, creio ser necessário darmos uma olhada no que pensava e pregava o pregador Charles Finney em seus dias a respeito do batismo com o Espírito Santo e seus efeitos na vida de quem O recebia. Segue parte de um texto extraído de um dos livros de Finney intitulado 'UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO', onde ele expõe seu entendimento sobre o que vem a ser o batismo com o Espírito Santo. Pra ler, refletir e comparar.
"Os
apóstolos e irmãos, no dia de pentecoste, receberam-no. Mas o que receberam?
Que poder exerceram depois daquele acontecimento?
Receberam
poderoso batismo do Espírito Santo, vasto incremento da iluminação divina. Esse
batismo proporcionou grande diversidade de dons que foram
usados para a realização da obra. Abrangia evidentemente os seguintes aspectos:
o poder de uma vida santa; o poder de uma vida de abnegação (essas manifestações
hão de ter tido grande influência sobre aqueles a quem proclamavam o
evangelho); o poder da vida de quem leva a cruz; o poder de grande mansidão,
que esse batismo os capacitou a evidenciar por toda parte; o poder
do amor na proclamação do evangelho; o poder de ensinar: o poder de uma fé viva
e cheia de amor; o dom de línguas; maior poder para operar milagres; o dom da
inspiração, ou seja, a revelação de muitas verdades que antes não reconheciam;
o poder da coragem moral para proclamar o evangelho e cumprir as recomendações
de Cristo, custasse o que custasse.
Nas
circunstâncias em que os discípulos se achavam, todos esses poderes eram
indispensáveis para seu sucesso. Contudo, nem separadamente nem todos em
conjunto constituíam aquele poder do alto que Cristo prometera, e que eles evidentemente
receberam. O que manifestamente lhes sobreveio, como meio supremo e de suprema
importância para o sucesso, foi o poder para vencer e convencer, junto de Deus
e dos homens: o poder de fixar impressões salvadoras na mente dos homens. Esse
último é que foi sem dúvida o que eles entenderam que Cristo Ihes prometera.
Ele encarregara a Igreja da missão de converter o mundo à sua Pessoa. Tudo que
acima citei foram apenas os meios que jamais poderiam colimar o fim em vista, a
não ser que fossem vivificados e se tornassem eficientes pelo poder de Deus. Os
apóstolos, sem dúvida, entendiam isso, e, depondo a si mesmos e a tudo que
possuíam sobre o altar. puseram cerco ao trono da graça no espírito de inteira
consagração à obra.
Receberam,
de fato, os dons acima citados; mas, principalmente, esse poder de impressionar
os homens para a salvação. Ele manifestou-se logo em seguida: começaram a
dirigir-se à multidão e --maravilha das maravilhas! -- três mil
converteram-se na mesma hora. Note-se, porém, que não foi manifestado por eles
nenhum novo poder nessa ocasião, exceto o dom de línguas. Não operaram dessa
feita nenhum milagre, e mesmo as línguas, usaram-nas simplesmente como meio de
se fazerem entender".
Um vida Cheia do Espírito - Capítulo 2 - páginas. 5,6
terça-feira, 27 de março de 2012
Guardando o coração
“Sobre
tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as
fontes da vida” (Pv 4.23).
O coração é apresentado na Palavra de Deus como o centro
da vida humana. Por onde passa as emoções, vontades e sentimentos.
· O Senhor Jesus
falou do coração dizendo que dele procedem todas as coisas más que contaminam o
homem, (Mt 15.19).
· O
Senhor disse também que onde estiver
aquilo que mais valorizamos na vida ali estará também o nosso coração, (Mt 6.21).
· O profeta Jeremias asseverou que o coração é enganoso e perverso, mas do
que todas as coisas, (Jr 17.9).
· O
salmista disse que o coração do
homem precisa ser purificado e servir como depositório da Santa Palavra de Deus
(Sl 119.9-11).
O rei Davi teve muitos filhos (cf. II Sm
5.13-16), porém a Bíblia destaca a história de quatro deles, a saber: Absalão,
Amon, Adonias e Salomão.
· Absalão – um moço com o coração inclinado
para a vaidade.
· Amnon – um moço inclinado para a luxúria e
a sensualidade.
· Adonias
– um moço com o
coração inclinado para o poder e as ambições pessoais.
· Salomão
– um moço inclinado
para a sabedoria e a vontade de Deus.
Analisando, ainda que sem muita profundidade,
a vida desses moços, e o caminho que cada um deles seguiu poderemos pontuar
alguns acontecimentos em suas vidas que marcaram sua existência.
Amnom
§
Dominado
pela concupiscência carnal, (II Sm 13; I Jo 2.15,17)
§
A
paixão por sua irmã (incesto) o fez adoecer, v.2
§
O
inimigo maquina a morte, v 3-5
§
Acabou
morto por seu irmão Absalão (vs.
28,29)
Absalão
§
Um
coração vencido pela vaidade e pela beleza pessoal (II Sm 14.25,26).
§
Usurpou
o trono do pai se valendo de sua simpatia perante o povo.
§
Morreu
pendurado na sua própria vaidade (II Sm 18.9-10,14)
Adonias
§
Um
jovem vencido pelo desejo de dominar, de ser rei. Dominado pela ambição e poder
pessoal
§
Se
auto Declarou rei (I Reis 1.5)
§ Festejou
antes do tempo e sem a aprovação de Deus. E não chamou as verdadeiras
autoridades para a festa. Foi desaprovado por Deus (I Reis 1.9,10)
§
Possuía
um coração exaltado, (I Reis 2.15)
§
Acabou
morto por Benaia a mando do rei Salomão (I Reis 2.23-25)
Salomão
Um coração amante da sabedoria, (I Reis
3.9-12
Pv 2.2,6,7; 3.13; 4.5,7,11; 7.4).
sexta-feira, 23 de março de 2012
SOMENTE EM JESUS TEMOS A VERDADEIRA PROSPERIDADE. Subsídios para a Lição Bíblica
Uma vida plena
de prosperidade só é possível ser encontrada numa vida de comunhão com Jesus
Cristo. É impossível ao indivíduo gozar da verdadeira prosperidade estando distanciado
de Jesus. A parábola da videira verdadeira do evangelho de João, capítulo 15,
retrata vividamente esta realidade, sem Jesus nada poderemos fazer. Sendo o
homem matéria e espírito, só poderá encontrar verdadeira satisfação e prazer para
as esferas de sua composição na Pessoa Bendita de Jesus, pois Nele habita toda
a plenitude da Divindade, (Col 1.19). As carências humanas, físicas e
espirituais, o Senhor pode suprir todas elas. Deus em Seu Filho fez opção pelo
homem em sua totalidade e é no Senhor, e somente Nele, que podemos achar toda a
suficiência para vivermos bem e felizes desfrutando de verdadeiro prazer, e
verdadeira alegria (http://juniormendes76.blogspot.com.br/2012/02/alegria-maior.html).
O conceito de prosperidade à luz da Bíblia em muito difere do que é propagado
pelas idéias humanistas e também pelo movimento chamado de Teologia da
Prosperidade. Na lição deste domingo, mais uma vez o tema volta à tona e o
autor procura mostrar os princípios bíblicos do que é ser verdadeiramente próspero.
Sendo o homem
carne e espírito não poderá negar nenhuma dessas realidades. Não deverá dá mais
expansão a uma em detrimento da outra. Não é correto cuidar do corpo e esquecer-se
de alimentar o espírito, são Palavras de Jesus “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de
Deus” (Mt 4.4). Também não está certo cuidar somente da vida espiritual e esquecer-se
de seu bem estar físico e de sua saúde. O equilíbrio nestas duas áreas faz parte
da vida de prosperidade através de Cristo. É preciso cuidar do corpo e da
saúde, pois somos templo do Espírito Santo (I Cor 3.16). Contudo, vivemos numa
época em que existe um verdadeiro culto ao corpo, uma busca incessante por um
corpo belo e escultural. É claro que não há nada de mal em praticar exercícios
físicos com propósitos equilibrados, a questão reside nos exageros que muitos
fazem em busca do corpo perfeito. Há também os que empregam todo o seu tempo no
acúmulo de bens materiais e riquezas esquecendo-se do Seu Deus e também de seu
próximo. Na verdade não há nenhum problema em desejar e trabalhar por uma vida
confortável e tranqüila. O problema é dedicar toda uma vida somente para este
fim. O dinheiro não constitui um problema por si só e não existe em toda a
Bíblia sequer um texto que o condene, porém o amor ao dinheiro e a avareza é
condenado na Santa Palavra de Deus. É certo que o dinheiro poderá trazer
conforto e bem estar ao indivíduo e à sua família, sendo este utilizado
corretamente, contudo o cuidado deve está em como adquirimos, gastamos e vemos
o dinheiro. Os meios utilizados para ganhar e gastar o dinheiro irá determinar
se a pessoa tem uma vida equilibrada neste particular ou não. Para um
entendimento neste aspecto recomendo dá uma olhada nesta abordagem acerca de
John Wesley e suas finanças (http://www.altairgermano.net/2011/03/o-que-wesley-praticou-e-pregou-sobre-o.html).
A pobreza é
vista no movimento da prosperidade como sendo resultado do pecado individual e
da falta de fé do cristão. Numa ocasião estava ouvindo um pregador da
prosperidade e ele chamava a bicicleta na qual um irmão estava vindo para a
igreja de ‘demônio de duas rodas’, alegando em sua ‘preleção’ que todo crente
tem que andar de carro novo e não em cima de ‘demônio’. Que absurdo! A Bíblia
está cheia de exemplos de homens e mulheres que foram grandes instrumentos nas
mãos de Deus, e através do Senhor realizaram coisas extraordinárias, e ainda
assim não eram abastados financeiramente. O próprio Senhor Jesus em resposta
aos que queriam segui-lo por interesse material disse “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do
homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). O profeta Elias em certo
tempo da vida teve que ser sustentado por uma viúva por ordem do Senhor (I Rs
17.8-16). Para Deus, “Melhor é o pobre
que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo” (Provérbios
19.1). Então, a pobreza não é resultado do pecado de alguém nem tampouco da sua
falta de fé. Ainda que o pecado que entrou na humanidade através do primeiro homem
trouxe grades dissabores e graves problemas tanto no que consiste o homem como
matéria quanto o homem como ser espiritual, em certo aspecto a pobreza é
resultante da má distribuição de renda e da concentração do poder econômico nas
mãos de poucos. Em muitos países faltam políticas públicas de qualidade que
visem melhorar a vida de seus cidadãos menos favorecidos. E em muitas igrejas
faltam obras sociais com melhor estruturação para socorrer o irmão carente. No
entanto, estudamos em lições anteriores que Deus abençoa alguém financeiramente
para que este possa socorrer o menos favorecidos, pois, “O que tapa seu ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será
ouvido", (Pv 21.13). Mas os profetas da prosperidade imediata
prometem aos seus ouvintes riquezas e prosperidades a todo custo, bastando para
isto que cada um dê o seu tudo, faça o sacrifício no altar, traga a sua oferta,
lance sua semente, e outras tantas coisas que deve fazer os candidatos à
riqueza fácil da teologia da prosperidade para alcançar a tão sonhada vida
financeira. Porém, na realidade tudo indica que não são os fiéis de tais seguimentos
religiosos que estão enriquecendo e sim seus líderes como mostra, por exemplo,
o vídeo abaixo.
A vida de
prosperidade segundo os princípios das Sagradas Escrituras está ligada a
Cristo. É vital estarmos bem fisicamente, espiritualmente e emocionalmente,
porém a busca pelo bem estar deve ser equilibrada e não fugir aos conselhos da
Palavra de Deus. Não devemos viver unicamente para o corpo e esquecermos a
parte espiritual, da nossa comunhão com o Senhor Jesus. Por outro lado não está
certo buscarmos uma vida espiritual sem se preocupar com o corpo e com nossa
saúde. Faz-se necessário equilibrar as partes. Não se iluda com as promessas da
conquista imediata, já ouvi alguém dizer que “tudo que vem fácil, se vai fácil
também”. As conquistas vêm através de muito esforço e bastante persistência. E
como disse o apóstolo Paulo vivamos contentes com o que temos (Fp. 4.11),
olhando para o Senhor o nosso socorro sabendo que todas as coisas provêm Dele e
para Ele é a glória a honra e o louvor. Boa Aula!
sábado, 17 de março de 2012
O PROPÓSITO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE. Subsídios para Lição Bíblica
Na lição passada estudamos os princípios basilares
de como se alcançar a verdadeira prosperidade, nesta lição estudaremos os
propósitos divinos para a verdadeira prosperidade. Abençoar Seus filhos e
fazê-los prosperar é um desejo de Deus. A Bíblia está cheia de exemplos de
homens e mulheres que foram grandemente abençoados pelo Senhor em vários
aspectos de suas vidas. Contudo, sabendo nós que Deus é a fonte de toda
verdadeira prosperidade devemos perguntar: Qual, ou quais são os propósitos
para os quais o Senhor faz alguém prosperar? Deveremos direcionar nosso foco
para esta questão e descobrir que o Senhor não abençoa alguém debalde. Que Ele
não prover bens espirituais, físicos e materiais para que Seu servo se considere
maior ou melhor que os outros. Que não é vontade de Deus fazer da prosperidade
um fim em si mesmo para a vida do crente. Então, precisamos descobrir quais
elevados propósitos tem O bondoso Deus em fazer alguém alcançar a verdadeira
prosperidade.
A teologia da prosperidade trás em seu bojo muitos
malefícios pelos quais conseguem ludibriar a mente humana através de
ensinamentos distorcidos da Palavra de Deus, fazendo com que seus adeptos se
tornem presa fácil de seus enganos. Não somente os aspectos da verdadeira
prosperidade são brutalmente distorcidos por seus ensinos como também os
propósitos para os quais alguém alcança a prosperidade cuja fonte é o Senhor.
Seus argumentos e práticas apresentam Deus como sendo servo e o homem como
sendo senhor. Seus efeitos tendem a gerar o orgulho e o individualismo nas
pessoas, por que procura canalizar todo esforço pra conquista pessoal sem se
preocupar nem um pouco com os outros. Estes e outros fatores acabam por colocar
tal seguimento teológico num distanciamento terrível das verdades bíblicas. Mas,
como saber se estamos usando de forma correta e com os objetivos corretos as
bênçãos advindas do Senhor para nossa vida? Entre muitos outros pontos, dois
merecem destaque nesta discussão, o
Reino de Deus e o nosso próximo. Aliás, estas são as idéias principais que
o autor da lição trabalha buscando apontar tais realidades como sendo os
principais objetivos pelos quais o Senhor abençoa o crente.
No estudo sobre o propósito da verdadeira
prosperidade a primeira verdade a ser absorvida é que Deus é a fonte de toda benção. Ele foi para o povo de Israel em
suas jornadas e peregrinações no deserto, Ele foi para igreja primitiva e todos
os Seus santos, Ele é e será para a igreja deste tempo e dos tempos vindouros.
O homem sem Deus nada é, Jesus disse “Sem mim nada podeis fazer” (João 15.5).
No entanto, não se deve seguir a Deus e buscar Seu favor com o intuito de
adquirir riquezas, poder, fama, status e outras coisas mais que são oferecidas
no bazar da fé da maioria das igrejas neo pentecostais, que adotaram a teologia
da prosperidade como sua doutrina principal. Nestas igrejas a fé é vendida como
um produto de mercado que, como a ‘varinha mágica das fadas madrinhas em filmes
infantis’, tem o poder de fazer aparecer tudo o que o homem desejar. Sentimento
individualista e egoísta é o que não falta nesses seguimentos. Mas Deus nos tornou Seus Despenseiros para zelarmos pelo que Ele nos concede e cuidar das
nossas necessidades e da nossa família, abençoar Sua obra com fidelidade
através dos dízimos e ofertas e socorrer nosso próximo em suas necessidades.
Não existem propósitos mais elevados dos que estes. Não existem objetivos
mais excelentes. Quando o próspero obedece ao Senhor e sua vida está pautada
nestes quesitos o Nome do Senhor é glorificado e o Seu grande poder manifesto
entre as pessoas.
Todo ser humano tem suas necessidades básicas ou carências humanas. Comer, vestir, estar
abrigado, etc. Contudo, Jesus em Seus ensinos nos exorta a não andarmos
ansiosos por causas destas coisas, ou seja, não colocarmos nossos pensamentos
de forma exacerbada nessas preocupações, pois, o Pai cuida de Seus filhos (Mateus 6.24-34) O apóstolo Paulo também
exortou os crentes de Filipos neste particular e disse-lhes para estarem contentes
com o que possuíam. É preciso entender, porém, que nem Jesus, nem tampouco o
apóstolo Paulo, está incentivando os crentes ao comodismo e à preguiça, de
forma alguma, logo por que o ensino nas Sagradas Escrituras neste particular
diz que o homem vive do suor de seu rosto. O que esta exortação bíblica busca é
mostra aos súditos o estilo de vida do Reino de Deus. Observemos que o
versículo dezenove de Mateus seis diz para não ajuntarmos tesouro na terra,
porque estes são deterioráveis, corrompe-se e competem com a completa lealdade
de Deus (Mateus 6.24). Portanto, não é propósito da verdadeira prosperidade o
enriquecimento do crente e sim sua completa confiança na fidelidade divina
tendo a certeza de que Deus tem cuidado do seu povo.
Deus usa o profeta Isaías e diz ao povo de Israel:
“Por ventura, não é este o jejum que escolhi...
Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto e recolhas em
casa os pobres e desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas daquele
que é da tua carne? (Isaias 58.6,7). A Palavra de Deus está cheia de
ensinamentos neste sentido. É mandamento divino o socorro ao próximo. Nos dois
Testamentos encontramos o Senhor asseverando-nos que esta é uma santa
responsabilidade para àqueles a quem Deus tem concedido Suas bênçãos. É a
materialização do amor e da fé. Então devemos concluir que Deus faz Seu servo
prosperar para que este socorra e atenda aos mais necessitados. Aliás, esta é
uma das idéias principais da lição deste domingo. Não pouco, nosso Deus ordena
a olharmos e enxergamos as necessidades alheias e buscarmos socorrer,
principalmente aos domésticos da fé, contudo, devemos socorrer também àqueles
que não fazem parte de nossa comunidade de fé, não compartilha da mesma
doutrina, pois também estes são nossos próximos a quem Jesus mandou amar,
(Mateus, 19.19). E certo que, amar somente de palavras, não é amar. Fé sem ação
direcionada é uma fé sem efeitos práticos, sem resultados para o Reino de Deus
e a vida do crente, não gera glorificação ao Santo Nome de Jesus. Por isso se
faz necessário ajudar de forma indiscriminada aos que estão necessitados de
ajuda.
O segundo principal objetivo da prosperidade
verdadeira é o compromisso com a
expansão do reino de Deus no que tange às contribuições financeiras. Diante
da mercadologia da fé e da exploração que fazem grande parte da liderança evangélica
que aparecem na mídia todos os dias em nossa casa, o cristão pode ser levado a não
querer contribuir para a Obra de Deus. Infelizmente, os escândalos que temos
assistidos neste particular vêm contribuindo para que muitos ‘fechem a mão’ ao
trabalho da igreja. É assustador ver a quantidade de obreiros que andam enriquecendo
ilicitamente fazendo uso da boa fé daqueles que estão na igreja. Porém, Deus
que é o Dono da obra pedirá contas a cada um segundo o que cada um tem feito.
Devemos, contudo, manter nosso compromisso com o Reino e cobrar da liderança a
aplicação de forma ordenada e justa das contribuições financeira dos santos na
expansão do Reino de Deus, principalmente no quesito missões, que em certos
lugares tem recebido pouca atenção. Não é objetivo dos dízimos e ofertas o
enriquecimento de pastores, bispos ou apóstolos. É bem verdade que o cristão
deseja que seu líder ande ‘bem apresentado’ e viva bem, porém, o que não se
deve concordar é com os exageros que muitos que estão na liderança vem
praticando com o que entra no ‘tesouro da casa do Senhor’. Contribuamos com
alegria para a expansão do Reino de Deus. Boa Aula!
quarta-feira, 14 de março de 2012
Algumas lições da figueira que secou.
“E,
no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma
figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a
ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando,
disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos
ouviram isto... E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade. E eles, passando
pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes” (Marcos
11.12-14,19-20).
Este episódio da
figueira estéril tipifica com muita precisão o estado espiritual no qual se
encontrava o povo de Israel, principalmente seus líderes, em sua religião
legalista. Por fora parecia bela e frondosa, mas interiormente desprovida de
frutos. É importante notar que, paralelo a este acontecimento, o Senhor Jesus
purificou o Templo de Jerusalém que havia se tornado um lugar para os
aproveitadores e exploradores da fé. O que deveria ser ‘casa de oração’, havia
se tornado num ‘covil de ladrões’ (Marcos 11.15-17). Assim como a figueira,
este santo lugar por fora parecia belo e formoso em sua suntuosidade, mas por
dentro’ o mau cheiro’ das ações dos que ali vendiam e negociavam, pairava no
ar. Jesus não perdeu tempo, purificou o lugar. Então, vamos tirar algumas
lições deste acontecimento para a igreja de nossos dias e também para nossa
própria vida como cristãos.
1 – A figueira de longe dava a impressão que
tinha frutos. Semelhantemente a figueira da narrativa bíblica, algumas
coisas avistadas de longe parecem formosas e cheias de vida a primeira vista.
Alguns movimentos e acontecimentos no meio evangélico tendem a serem visto como
poderosos e cheios de resultados. A vida de alguns cristãos dá a impressão de
que são cheias de poder e de frutos espirituais. Mas, uma análise detalhada dos
fatos e a convivência no dia-a-dia mostrarão que não é bem o que parece ser.
Quando se procura pelos frutos o que se encontra é uma vida estéril, vazia,
desprovida da graça divina e dos frutos espirituais. Jesus certamente ficou
‘desapontado’ quando procurou fruto entre a folhagem e nada encontrou. De igual
forma penso que o sentimento é o mesmo quando alguém percebe que em
determinados movimentos, ditos cristãos, nada passou de barulho e emoção. Quando
alguém espera de nós padrões e comportamentos que condizem com o que cremos e
pregamos, mas nada disso encontram e constata que era apenas aparência.
2 – Jesus se aproximou da figueira em busca de
fruto, mas só havia folhas. Nesta época em que a aparência conta muito e
alguns se aproveitam para passarem despercebidos. Onde muitas vezes o barulho é
grande mais os resultados e conteúdos quase não existem. É preciso que façamos
sempre, uma análise detalhada das coisas e dos fatos antes de formularmos algum
juízo a respeito. Não devemos nos precipitar. Precisamos avaliar ‘a figueira’
de perto, para sabermos se além de folhas existem também os frutos. Não devemos
nos enganar com a aparência. Não podemos ser enganado pelos olhos como
aconteceu com o profeta Samuel ao chegar à casa de Jessé para ungir o novo rei
de Israel e se encantou com Eliabe à primeira vista (I Samuel 16.6,7).
Infelizmente, não é difícil percebemos que algumas igrejas se encontram
estéreis. Alguns ministérios vazios e sem vida. De igual modo, é necessário
também avaliarmos nossa vida de cristão a fim de encontrarmos em nós mesmos o
fruto do Espírito Santo, qualidade sine
qua non para vida de todo filho de Deus (Gálatas 5.22). Uma árvore florida
até serve para enfeitar o ambiente, torná-lo mais verde, mais harmonioso, mas,
somente os frutos poderão saciar a fome. O Senhor Jesus disse aos seus
discípulos “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis
meus discípulos” (João 15.8).
3 – Não era tempo de figos. A primeira
vista parece estranho que o Senhor Jesus tenha sentenciado a figueira a não
produzir nunca mais frutos quando o evangelista Marcos afirma que não era tempo
da figueira dá figos. Teria Jesus cometido uma injustiça? Estava Ele procurando
frutos em momento errado? De forma alguma. Nosso Deus é perfeito e Nele não há
falhas nem tampouco sombra de variações. O certo é que este fato ocorreu entre
o mês de março e abril – período em que os judeus celebravam a páscoa – e os
frutos da figueira só aparecem entre Maio e Junho. No entanto, naquele momento,
aquela figueira deveria estar carregada de brotos, pois foi a estes que Jesus
procurou para ‘matar’ a fome. “Alguns
dizem que os primeiros brotos de frutos da figueira aparecem dois meses antes
das folhas, portanto, mesmo não sendo época de figos, a figueira já aparentava maturidade
suficiente para mesmo fora de época, possuir frutos! Cristo olha de um lado,
olha de outro e só vê folhas, nenhum fruto, então lança uma maldição sobre a
figueira que o "ENGANOU" com sua aparência”. (http://monergismo.com/forum/index.php?topic=690.0).
Veja que o texto diz que Jesus “foi ver
se nela acharia alguma coisa”. Porém, nada encontrou. Que desalentador era
esta contestação. A figueira não tinha
nem os primeiros frutos, tão essencial à sua frutificação futura, pois primeiro
vinham os brotos, depois as folhas e por fim os frutos. Este ponto nos ensina
que a frutificação na vida espiritual é um processo gradativo, contudo na vida
do cristão devem aparecer frutos espirituais. Não se concebe cristianismo
somente de aparência. Não é aceitável uma fé sem resultados reais na vida de
quem a possuí. Mas uma vez, compete-nos lançarmos uma olhar sobre nós mesmos e
fazermos a pergunta, estou eu produzindo frutos em minha vida para a glória do
meu Senhor?! Ouçamos o que diz a Santa Palavra de Deus “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei,
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo
quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” (João 15.16).
4 – A figueira se secou desde as raízes. O
que aconteceu com a figueira nos trás um alerta. Cristianismo de aparências,
vida desprovida do fruto do Espírito Santo e santidade, ministério estéril, falsa
espiritualidade, não subsistem ao tempo. Poderá até num primeiro momento ‘enganar’
como aconteceu com a figueira, mas por fim secará por não haver frutificação,
revelando o seu verdadeiro estado.
Sabemos que na
atual dispensação bíblica chamada de dispensação da graça, Deus abriu ‘Seus Santos
celeiros’ à sua igreja, provendo-a das mais excelentes bênçãos celestiais.
Entendemos através de Sua Palavra que o tratamento com o Seu Povo Israel está,
por um momento, ‘estacionado’ e que o Senhor está ‘voltado’ para o povo
comprado com o sangue de Seu Filho Jesus, a igreja. Portanto, urge sermos frutíferos
e glorificarmos ao Nosso Deus com toda nossa vida.
terça-feira, 13 de março de 2012
As bases para o verdadeiro avivamento
“E se o meu povo, que se chama
pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos
seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e
sararei a sua terra” (II Crônicas 7.14).
Através destas
palavras, dadas ao rei Salomão na ocasião da consagração do Templo que ele havia
construído em Jerusalém, o Senhor lançou
as bases para que o seu povo, em qualquer época e em qualquer lugar, recebesse
e desfrutasse do verdadeiro avivamento. Compreendo que não haverá avivamento
puro e real enquanto estes princípios estabelecidos pelo próprio Deus não
estejam de fato presentes na vida de Seus filhos.
Para falarmos
de avivamento precisamos defini-lo no contexto bíblico. E é possível encontrar algumas
definições para o termo. Porém, todas participam dos mesmos princípios supracitados,
humilhação, oração persistente e fervorosa, busca da face do Senhor e
arrependimento sincero para que se alcance o avivamento tão almejado.
“O verbo
hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de
"preservar" ou "manter vivo". Porém, "avivar" não
significa somente preservar ou manter vivo, mas também purificar, corrigir e
livrar do mal. Esta é uma conseqüência natural em toda vez que Deus aviva. Na
história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica,
livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso
da causa“. (http://www.monergismo.com/textos/avivamento/avivamento_padrao.htm).
Encontramos
também alguns apontamentos para o que não é um avivamento espiritual.
“Avivamento
não é ação da igreja, mas de Deus. Avivamento é obra soberana e livre do
Espírito Santo. A igreja não promove e nem faz avivamento. A igreja não é
agente de avivamento. A igreja não agenda e nem programa avivamento. A igreja
só pode buscar o avivamento e preparar o caminho da sua chegada. A igreja não
produz o vento do Espírito, ela só pode içar suas velas em direção a esse
vento. A soberania de Deus, no entanto, não anula a responsabilidade humana. O
avivamento jamais virá se a igreja não preparar o caminho do Senhor. O
avivamento jamais acontecerá se a igreja não se humilhar. Sem oração da
igreja, as chuvas torrenciais de Deus não descerão. Sem busca não há encontro. Sem obediência
a Deus, jamais haverá derramamento do Espírito. Contudo, quem determina o
quando e o como do avivamento é Deus. Ele é soberano. David Brainerd orou
vários anos pelo avivamento entre os índios peles vermelhas no século XVIII.
Aquele jovem, ajoelhado na neve, suava de molhar a camisa, em agonia de alma,
em oração fervente, em favor daqueles pobres índios. Quando o seu coração
parecia desalentado e já não havia prenúncios de chuva da parte de Deus, o
Espírito foi poderosamente derramado e os corações se dobraram a Cristo aos
milhares”. (ibidem)
Diante do
exposto ficam as perguntas. Precisamos ou não urgentemente de um verdadeiro
avivamento em nosso meio? Estamos neste tempo, cumprindo ou não as exigências
estabelecidas pelo Senhor em Sua Santa Palavra?
Continuaremos
tratando deste assunto em próximos artigos neste blog, em Nome de Jesus.
sexta-feira, 9 de março de 2012
COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE. Subsídios para Lição Bíblica.
Na lição deste
domingo estudaremos os princípios básicos para se chegar à verdadeira
prosperidade à luz da Palavra de Deus. O ensino contrapõe o que vem sendo
ensinado pelos defensores e pregadores da teologia da prosperidade. A
verdadeira prosperidade não está condicionada a técnicas, fórmulas, campanhas,
pedra daquilo, óleo disso, nada disso. Ela é alcançada quando nos submetemos ao
crivo da Santa Palavra de Deus e obedecemos a seus santos preceitos.
A
lição em apreço está dividida em três tópicos que poderemos sintetizar da
seguinte forma:
1.
Confiando
na suficiência de Deus – A responsabilidade
do crente de submeter sua confiança e fé nos cuidados do Senhor. É o princípio
que está no plano interior do homem fazendo-o olhar para Deus confiando em
suas promessas e fidelidade.
2.
Dedicando-se
ao trabalho – A participação do cristão na construção de uma vida próspera
de forma honesta e honrada. É a abrangência do esforço físico e mental do
crente aproveitando o tempo e as oportunidades que lhe chegam.
3.
Usando o
dinheiro conscientemente – A mordomia cristã na administração dos bens que
lhe são concedidos pelo Senhor. É o crente usando seus recursos financeiros e materiais com prudência sempre priorizando a glória de Deus em sua vida e a Obra do
Senhor.
A Bíblia mostra o
homem composto por duas entidades espirituais – que são espírito e alma – e uma
entidade física – o corpo, (I Tes 5.23). Portanto, dotado de sentimentos e emoções,
necessidades e aptidões físicas. No projeto Divino para o bem estar e uma vida
de satisfação do homem o primeiro plano se atém à parte espiritual do homem, a
qual foi tragicamente maculada pela queda de Adão no Éden. Logo, antes de
qualquer bênção material o Senhor deseja abençoá-lo espiritualmente através do
perdão, justificação, salvação e certeza de vida eterna. Não se concebe
prosperidade verdadeira sem salvação, ou seja, alguém pode possuir muitas
riquezas, saúde, amigos, etc., porém, se esta pessoa não for salva em Cristo
Jesus, se ela não se sentir perdoada de seus pecados por Deus e aceita como
filho através da adoção divina, não podemos dizer que desfruta da verdadeira
prosperidade. É neste ponto que a pessoa contribui pra sua prosperidade confiando nas promessas de Deus, esboçadas nas Sagradas
Escrituras.
Alguém já disse
que toda pessoa precisa de algo ou alguém em quem confiar. Ter fé, acreditar,
ter confiança, faz parte da vida humana. O crente em Jesus desfruta do
privilégio de confiar em Seu maravilhoso cuidado. A fidelidade de Deus relatada
na Bíblia Sagrada e as experiências vivenciadas por aqueles que depositam sua
confiança no Senhor, aguçam ainda mais este conceito de verdadeira
prosperidade. O salmista disse “Fidelíssimos são os teus testemunhos” (Salmo
93.5a). O apóstolo Paulo afirma que Deus supre todas as nossas necessidades em
Cristo Jesus (Fp 4.19). É confiando na fidelidade de Deus
que o crente sabe que Ele proverá o necessário para que este viva uma vida
digna e honesta em Sua Presença. O Senhor Jesus antes de enfrentar a cruz
exortou seus discípulos a crerem em Deus e também em Cristo (João 14.1). Essa
fé gera verdadeira prosperidade.
Há um conceito
errado sobre o trabalho que é corrente no meio popular. Alguém pensa que este é
resultado do pecado, quando na verdade a Bíblia ensina que ele é uma
instituição divina. O próprio Deus trabalha,. Jesus afirmou “Meu pai trabalha
até agora...” (João 5.17). A idéia de adquirir riquezas e bens materiais desassociados
do trabalho não condiz com o que Deus projetou para o homem. A Bíblia é contra
a preguiça (Pv 6.6), e aos meios ilícitos de enriquecimento, “Como
a perdiz, que choca ovos que não pôs, assim é aquele que ajunta riquezas, mas
não retamente; no meio de seus dias as deixará, e no seu fim será um insensato”.
(Jr 17.11). Portanto, no
caminho para a verdadeira prosperidade aparece a necessidade do
trabalho. Ouvi pastor Nemuel Kesller dizer em certa ocasião: “O
trabalho dignifica o homem. O trabalho gera dignidade.
Além de produzir
dignidade, o trabalho proporciona benefícios tanto para quem o executa como
também para outros que venham ser beneficiados por este. Aliais, Deus nos
concede bens para abençoarmos os outros e a Sua Obra. A Bíblia está cheia de
advertências para que aqueles que têm possa socorrer os que não têm.
O mundo pós-moderno trouxe consigo diversos
males. Um deles é o consumismo. Numa época
em que o TER suplanta o SER, os filhos de Deus precisam está
vigilantes para não caírem nesta armadilha. A mídia de massa, usada em escala
gigantesca pela indústria, nos mais diversos seguimentos, despeja constantemente
em nossas casas, através das muitas propagandas, a falsa idéia de que devemos
possuir isto e aquilo outro. E no afã de acompanhar o ritmo e seguir as últimas
tendências, muitos cristãos se tornam presas fáceis dessa armadilha chamada consumismo. Compra tudo o que vê. Querem sempre estar na
moda, possui o que há de mais novo no mercado. E quando se trata de componentes
tecnológicos, ai a coisa descamba completamente. Por exemplo, existem crentes que trocam de
celular periodicamente, sem a menor necessidade. E desse mau uso de seus bens, muitas vezes decorrem as contas intermináveis, dores de cabeça,
noites de sono e perda da saúde. Acabam por comprometerem seu compromisso com o
Senhor e a Sua Obra. Por administrar mal os bens do Seu Senhor, por que a
Bíblia diz que tudo é de Deus: “Do Senhor é a terra e tudo o que nela há...” (Salmo
24.1), comprometem sua fidelidade nos dízimos e nas ofertas voluntárias. Não
contribuindo assim, para o crescimento do Reino de Deus na terra. Faltando-lhe
a fidelidade nesta parte da vida cristão tão importante aos servos de Deus.
Diante do que
expomos neste resumo dos conceitos abordados na lição deste domingo (11 de
março de 2012), podemos chegar a conclusão que, se o cristão deposita sua fé e
confiança em Deus, desfrutando de bênçãos espirituais. Se este adquiri seus
bens materiais através do trabalho honesto e digno. E contribui regularmente
para a Obra do Seu Deus, expansão do Seu Reino e o bem estar de seus irmãos mais necessitados, este
crente possui a verdadeira prosperidade. Boa Aula!
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