Comente, é importante.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Lobo em pele de ovelha



Olhando a imagem acima temos, ainda que tênue, uma visualização do que Jesus disse a respeito dos lobos que se apresentariam no meio do rebanho vestido de pele de ovelhas. Ficamos com a impressão de quanto cuidado deve ter os que servem a Cristo com fidelidade da ameaça que representa esta realidade. Ninguém está imune. Nenhum rebanho estar isento de, num dado momento, ter adentrado em seu meio pessoas que interiormente são lobos ferozes mas por fora são ovelhas dóceis e mansa, e enganando a muitos. O Senhor Jesus advertiu seus discípulos e mostrou qual deveria ser os cuidados que deveria tomar sua igreja frente a esta realidade, "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas" Mt 10.16.
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O apóstolo Paulo em sua despedida da igreja que estava na cidade de Éfeso (Ásia Menor) faz a mesma advertência porém elevando-a para o meio eclesiástico, "Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue. Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho, e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si. Portanto vigiai, lembrando-vos de que por três anos não cessei noite e dia de admoestar com lágrimas a cada um de vós", At 20.28-31. Não temos nós desta geração, mas do que nunca, testemunhado tão dolorosa realidade? Não temos visto quanto estrago tem sido praticado no meio do rebanho do Senhor por causa desses lobos devoradores? Portanto, a exortação do Nosso pastor Jesus é mesma para nós desses últimos dias da igreja de Cristo na terra.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Homenagem

Da esquerda para a direita Pr. José Carlos de Lima (Presidente da AD Paraíba), Pb. José Antônio, Ev. José Batista da Silva, Ev. Walter Melo, Pr. Luiz de Gonzaga e Silva (Pr. da AD Sapé / Pb), Pb. Junior Mendes da Silva, Pr. Rosildo Ferreira da Silva, Ev. Paulo de Oliveira

Aniversário de 90 anos do Evangelista Paulo de Oliveira - Rio Tinto / PB

Aniversário de 90 anos do Evangelista Paulo de Oliveira (Rio Tinto / PB). Da esquerda para a direita (Pb. Luiz Gonzaga Filho, Pb. Junior Mendes da Silva, Ev. Fábio Luiz, Ev. José Batista da Silva, Ev. Paulo de Oliveira(aniversariante), Pr. Luiz de Gonzaga e Silva - da cidade de Sapé / PB

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A revelação de Jesus Cristo




É consenso comum entre boa parte dos estudiosos da Bíblia que o versículo chave do apocalipse encontra-se logo no início do livro ‘Revelação de Jesus Cristo’ (1.1). Podemos então inferir que se trata da revelação de Jesus Cristo dada por Ele mesmo a João, ou seja, Jesus revelando-se a si mesmo em seu estado de glória ao apóstolo do amor. Vários são os aspectos de Cristo nesta aparição e cada aspecto tem um ou mais significados que denotam o Cristo em glória. “João viu Jesus Cristo em um estado glorificado similar, na sua transfiguração (Mt 17.2), e havia visto o seu corpo ressurreto depois que Ele ressuscitou, até a ascensão (Jo 20; At 1.2-11). Nesta visão, o véu foi afastado, e João viu aquele a quem conhecera em carne”. [1] 
Semelhante ao Filho do Homem – Este aspecto do Cristo glorificado demonstra sua perfeita humanidade, o verbo encarnado tornara-se perfeitamente humano, por isso a conclusão: Jesus Cristo é perfeitamente Deus e tornara-se, em sua encarnação, perfeitamente homem. O Senhor Jesus várias vezes em seu ministério terreno referiu-se a si mesmo como o Filho do Homem (Mt 9.6; 10.23; 11.19; Lc 6.5; 9.22; Jo 3.13,14). Esta expressão também denota o Cristo exaltado e está relacionado à mesma expressão usada pelo profeta Daniel (Dn 7.13-15) onde fala do governo do Messias sobre todas as nações (Dn 7.14,15; Fp 2.9-11; Ap 17.14). “Filho do homem é uma tradução semítica para ser humano. Daniel viu um como o filho do homem, o que significa que o que ele viu não era, na verdade, um homem, mas a representação perfeita da humanidade”. [2]. Portanto, a humanidade perfeita de Cristo, sua exaltação e seu governo sobre as nações são caracterizadas neste aspecto do Senhor visto por João, o apóstolo.
Vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro – A semelhança do sumo sacerdote da Antiga Aliança Jesus aparece na visão vestido por uma longa veste (Êx 28.4), esta é a aplicação aceita entre a maioria dos estudiosos bíblicos. Porém a outras aplicações para este aspecto principalmente no que se refere ao cinto cingindo o peito que era usado por trabalhadores daquela época significando que sua atividade estava concluída, ou seja, enquanto trabalhava o trabalhador usava o cinto ao redor da cintura e quando concluía seu trabalho o cingia no peito dando mostras que sua tarefa estava terminada. Cristo concluiu a obra da Salvação no Calvário. O ouro simboliza a realeza, o poder e a autoridade de Cristo sobre todas as coisas. As vestes brancas simbolizam também a santidade de Deus. Jesus é o nosso Sumo Sacerdote que adentrou aos céus, “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime que os céus” (Hebreus 7.26).
Cabeça e cabelos brancos como a neve, como a lã branca – Esta imagem está relacionada à mesma de Daniel 7.9 onde diz que “um ancião de dias se assentou” no trono. Esta simbologia refere-se à eternidade de Deus. A Bíblia diz que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente” (Hb 13.8). João havia contemplado esta mesma aparência gloriosa de Cristo em sua transfiguração no monte (Mt 17.2). “As descrições demonstram a pureza e imortalidade, tanto de Deus-Pai como do Deus-Filho” [3]. Este aspecto também simboliza a dignidade do Cristo vivo, pois cabelos brancos representam dignidade acrescentada pela idade.
Os olhos como chama de fogo – Fogo nas escrituras geralmente denota justiça divina, julgamento de Deus sobre o pecado. Um dia, toda obra que alguém tenha feito no reino de Deus passará no ‘crivo’ deste olhar como chama de fogo para saber se subsistirá ao teste da justiça de Cristo (I Co 3.12-15). “Isso indica Sua justiça, assim como Seu juízo sobre todas as coisas impuras” (Dn 10.6; I Co 3.13) [4].
Pés semelhantes ao latão reluzente – Este aspecto simboliza respeito, poder e domínio sobre todas as coisas. Todas as coisas estão debaixo dos pés de Cristo (I Co 15.25).
Sua voz, como a voz de muitas águas – reflete a abrangência e a força da voz divina na revelação. A Bíblia diz que “A voz do Senhor ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; O Senhor está sobre as muitas águas. A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade” (Salmo 29.3,4). Este aspecto de Cristo glorificado, entre outros, serve pra mostrada sua deidade e sua plena igualdade com o Deus-Pai, pois o Pai na antiga aliança havia se manifestado com esta mesma voz ao profeta Ezequiel, “Eu vi a glória do Deus de Israel que vinha do oriente. A sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória” (Ezequiel 43.2).  
Da sua boca saía uma aguda espada de dois fios – A palavra de Deus é representada nas Sagradas Escrituras como a Espada do Espírito, “Tomai também... a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6.17). Mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes que tem o poder de penetrar até a divisão da alma e do espírito humano (Hb 4.12). Isaías acerca do Messias diz “E fez a minha boca como uma espada aguda...” (Is 49.2). “As palavras do Messias vindouro seriam como uma espada afiada que penetra na consciência de todo aquele que as ouvir” [5]. Portanto, esta longa e afiada espada de dois gumes que sai da boca do Cristo glorificado representa o poder e o juízo que é promovido pela Palavra de Deus ao entrar no profundo do coração do ser humano.
Seu rosto como o sol em toda a força – Revela a majestade e a glória do Deus-Filho. João havia contemplado o seu rosto desfigurado pelo sofrimento na ocasião do seu martírio, marcado pelos cravos da coroa de espinhos que estava em sua fronte. O profeta Isaías acerca deste acontecimento fala do Messias como alguém que “... não tinha formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is 53.2,3). Agora, o seu rosto brilhava como o sol em sua plena força revelando a majestosa beleza do Cristo glorificado. E chegará o dia em que todos os seus santos o verão assim como Ele é (I João 3.2). Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
   
  
[1] Bíblia de Estudo Defesa da Fé. Rio de Janeiro, CPAD, 2010. Pg. 2013
[2] O NOVO COMENTÁRIO BÍBLICO ANTIGO TESTAMENTO. Rio de Janeiro, EDITORA CENTRAL GOSPEL, 2010. Pg. 1286
[3] O NOVO COMENTÁRIO BÍBLICO NOVO TESTAMENTO. Rio de Janeiro, EDITORA CENTRAL GOSPEL, 2010. Pg. 760
[4] Ibidem.
[5] Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 1995. Pg. 1049

terça-feira, 10 de abril de 2012

O arrependimento de Deus




Então se arrependeu Deus de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. (Genesis 6.6)
     No principio criou Deus os céus e a terra, e tudo que neles há, e dentro dessa criação está a mais perfeita e singular obra, a qual é o ser humano, o homem. O ser humano é a mais grandiosa criação de Deus, sendo semelhança e imagem do Próprio (Genesis 2.26). Tudo o que existe na terra, céu e mar, foram criados pela ação da palavra de Deus (Genesis 1.3 em diante), mas, o homem foi projetado, formado e criado pelas próprias mãos de Deus Pai, Filho e Espirito Santo (Genesis  1.6; 2.7). O homem tem algo que lhe diferencia dos demais seres viventes, o qual é o sopro da vida, que significa uma parte de Deus dentro do ser humano. Deus investiu tempo, confiança e vida em sua criação chamada homem, Deus projetou lugar e condições de vida e existência para o homem, suprindo suas necessidades físicas e espirituais (Genesis 2.9, 15-17, 21-25). Mas, o tempo passou, e o mal que já existia mesmo antes das criações dos mundos, retratado na pessoa angiológica de lúcifer (satanás) (Isaias 14.11- 23) entra agora em ação, tendo em vista que perdeu lugar junto de Deus (Ezequiel 28.11-19), pois queria ser maior que Deus, investe agora contra a criação de Deus, tendo como alvo principal o homem, e de uma forma estratégica e oportunista, satanás consegue através da sagaz fraqueza da serpente, uma das criaturas de Deus, consegue chegar e enganar o homem, a mais perfeita e sublime criação de Deus, pois aonde satanás chega, traz prejuízo e problemas, pois não foi diferente com o primeiro homem, Adão, foi enganado ele e sua mulher Eva (Genesis 3.1- 6.6), pois satanás foi, é e sempre será responsável por todos os males que possa surgir na terra, e desse engano de Adão em  diante, surgiu  a passagem (Então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração (Genesis 6.6), passagem a qual muitos não entende, e não interpretam como convém interpretar , e satanás sabendo disso lançou a falsa interpretação, que o homem causou tristeza e arrependimento a Deus, e de uma forma sincrética e subliminar, satanás lança a Idea que a mais sublime e perfeita criação de Deus, não e tão perfeita e sublime assim, dizendo então que Deus falhou em sua criação, e que o homem na verdade só trouxe tristeza e descontentamento para Deus, e isso é uma mentira descabida de satanás , pois ele mente de varias formas , mente desde o principio, mente tão bem que parece ser verdade, mente tão bem, que chega até a confundi os mais ilustre doutores da lei, como por exemplo, Gamaliel.  A bíblia não deve ser interpretada de uma ótica lógica e física, e sim de uma visão espiritual na pessoa do Espirito Santo, pois a própria palavra de Deus  explica ela mesma, basta termos disposição para examina-la e estuda-la, em oração e verdade, e com certeza Deus nos dará o entendimento.
        A palavra arrependimento nesta passagem de Genesis 6.6, em original Hebraico significa “Tristeza”, Em nossa língua “arrependimento”, tristeza ou arrependimento do ponto de vista humano e lógico, é algo que não é bom e agradável de ter, pois estamos acostumados a interpretar tudo que vimos e ouvimos a cerca da bíblia ou de Deus, do ponto de vista atual e natural, e ai erramos, pois Deus não se explica ou se entende, com raciocínio lógico e minado por uma cultura naturalista, emocional, carnal e muita das vezes diabólicas, então precisamente nessa passagem que está em discursão, existe dois tipos de interpretação, a Natural e a Espiritual, pois o entendimento e raciocínio humano a cerca dessas duas palavras “tristeza e arrependimento”,  e diferente da interpretação de Deus, pois quando tentamos interpretar  a palavra de Deus de um ponto de vista natural, racional e lógico, não deixamos lugar para a verdadeira interpretação, que só se da por meio da interpretação Espiritual, mas como entender e afirma tal assunto, somos humanos, mas devemos interpretar a palavra de Deus de uma forma espiritual, pois a ciência explica do ponto de vista dela o principio de tudo, e em nenhum momento reconhece Deus como autor e criador de todas as coisas, mas vejamos:
    Humana: o humano é orgulho, egoísta, tem limites, regras, leis e tempo (Eclesiastes 3), e costuma explicar Deus de um ponto de vista natural e lógico.
   Deus: È o EU SOU, existe por si só, não tem limites, regras, leis e tempo, e é explicado e entendido de uma forma espiritual, por fé, pela Bíblia.
       Mas Genesis 6.6 diz que Deus se entristeceu e se arrependeu de ter feito o homem, é nesse momento que temos que interpretar de uma forma espiritual, o assunto em pauta, pois o diabo está sempre pronto para nos enganar, e nos fazer interpretar de maneira errada a palavra de Deus, pois quando o versículo diz que Deus se arrependeu e se entristeceu de ter feito o homem, e porque Deus viu que o homem foi enganado pelo diabo, e agora iria sofrer todas as consequências previstas para tal engano. Deus não queria que sua criação sofresse todas aquelas consequências,  Deus poderia ter livrado a sua criação de todos os males que até hoje assolam a sua criação, mas ele não livrou diretamente, pois da mesma forma que é misericordioso e bondoso,  é justo, e o senso de justiça de Deus, não livrou diretamente o homem das tais consequências, pois mas tarde faz uma promessa  a respeito do grande livramento eterno , oferecido e homologado por Jesus o Filho de Deus , então entendemos e compreendemos  que Deus jamais se arrependeu e entristeceu de ter feito o homem, pois tal arrependimento e tristeza  se deu pelo fato, que o homem iria a parti do tal engano, sofrer todas as consequências.
       O diabo tentou, e tenta de todas a formas tirar a importância de Adão a criação de Deus, pois a importância e influência de Adão é fundamental para fé cristã e obra de Cristo, pois Adão lembra limites, engano e necessidade de Deus e salvação, e o diabo sabendo dessas verdades tentou e tenta colocar o homem contra Deus, trazendo a mente do homem que somos uma criação que não deu certo um projeto que trouce prejuízo, mas ele perdeu , pois Jesus  já veio e nos deu a grande vitória, pois Jesus é o Adão que não foi enganado, o diabo bem que tentou, na grande tentação, mas ele perdeu, pois Jesus o adão que não foi enganado estava preparado; com essas verdades termino minha participação por esse momento, lembrando  que você e a melhor obra das mão de Deus, e que Ele está feliz por ter criado você. Basta somente reconhecer e interpretar o que Deus tem para você fica na Paz do senhor Jesus.


Dc. Daniel Rego       

Daniel do Rego é colaborador do Blog Pb. Junior Mendes

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A lembrança do passado: Um aparente paradoxo bíblico.






Para este assunto vamos tomar como base dois versículos da Palavra de Deus: “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas” (Isaías 43.18) e “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim” (Isaías 46.9). À primeira vista estes versículos parecem gerar um forte paradoxo. Afinal, o povo de Deus deveria ou não lembrar do seu passado? Deveria ou não Israel voltar suas lembranças nos tempos antigos? É bíblico ou não um crente lembrar das grandezas que Deus realizou durante a história passada da igreja na qual congrega? Esta aparente contradição bíblica é resolvida quando analisamos cada um desses versículos dentro do seu contexto.
Confesso que preocupa-me o fato de alguém querer ignorar os acontecimentos grandiosos ocorridos na história da igreja. Como se lembrar dessas coisas não fizesse sentido algum para a fé do povo de Deus. Vez por outra ouvimos irmãos esbravejarem do púlpito: “Quem vive do passado é museu”. Confesso que em minha ignorância já disse isso algumas vezes. Porém, pergunto, esta afirmação está correta no sentido na qual é colocada pelos pregadores? Precisamos mesmos esquecer as realizações miraculosas que Deus tão bondosamente realizou em nosso meio, e não mais falarmos delas sob o risco de parecermos saudosistas? Erra o irmão ou a irmã que se põe a fazer uma analogia entre o estado da igreja de outrora com o que temos vivenciado hoje? Creio que não. Não podemos esquecer a memória de nossa igreja. Não devemos reprimir as lembranças dos que viveram tempos de intenso avivamento na Casa do Senhor. Com muita propriedade disse certo pensador: “Um povo sem memória, sem passado, é um povo sem futuro”.
Confesso que alegra-me o coração ouvir os irmãos mais velhos relatarem as manifestações que o Senhor operava, e a freqüência com que Ele operava num passado próximo. Tais relatos servem para que possamos verificar nossa ‘temperatura’ espiritual de hoje com a que foi vivida por estes irmãos outrora. Não quero com isto dizer que Deus não opera hoje, de forma alguma. Ele opera sim, pois “Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13.8) e como disse o grande legislador de Israel, Moisés: “... sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmo 90.2). Contudo, em alguns momentos fico com a impressão de que muito do que está acontecendo hoje durante a celebração do culto nas igrejas, e é apresentado como uma ação divina, tem muito mais de homens do que de Deus. Tem muito mais emocionalismo da carne do que santas emoções produzidas pelo Santo Espírito. Então, é natural que aqueles que viveram e presenciaram num passado recente as operações de Deus no meio do Seu povo, a dimensão e a freqüência com que ocorriam estas manifestações divinas, há de estranhar algumas manifestações de hoje e sentir falta do mover do Espírito Santo na igreja de Deus como ocorria antes. Não vamos entrar em detalhes, mas em muito lugares tem ocorrido coisas 'bem estranhas' durante a celebração do culto, as quais são tidas como operação do Espírito Santo.
Olhando os relatos do final do êxodo na ocasião em que Josué e o povo de Israel atravessaram o rio Jordão a pés enxuto (Josué cp. 3), no grande milagre da travessia do Jordão, para entrarem na terra prometida, encontramos uma ordem expressa de Deus a Josué para que ele separasse doze homens dentre os filhos de Israel, um de cada tribo, para que estes levantassem cada um uma pedra de dentro do rio Jordão, do lugar aonde havia pisado os pés dos sacerdotes no meio do rio, e estas pedras deveriam ser arrumadas num monumento na outra margem do rito e posteriormente na cidade de Gilgal (Josué 4.1-5,8-9,20). Mas qual a razão para tal ordem? Por que Deus queria um monumento de pedras tiradas do rio erguidas num local determinado por Ele? A resposta a estas questões está no final do versículo que diz: “... assim que estas pedras serão sempre por memorial aos filhos de Israel” (4.7) e também quando diz: “... Quando no futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras?, fareis saber aos vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco o Jordão...Para que todos os povos da terra conheçam a mão do Senhor que é forte, para que temais ao Senhor, vosso Deus, todos os dias” (4.21-24). Eis aí a razão. Deus não desejava que as futuras gerações do seu povo Israel esquecessem do que Ele havia operado naquele dia em favor dos Israelitas. O Senhor estava estabelecendo um memorial, para onde as futuras gerações dos filhos de Israel deveriam voltar seu olhar e lembrar do grande poder do Senhor Jeová, a fim de temerem sempre ao Senhor e fortalecerem a sua fé Nele. “Um monumento de pedras era freqüentemente usado para relembrar às gerações futuras a respeito do livramento divino e da sua graça para com o seu povo. O crente de hoje pode escolher certas coisas ou lugares como memoriais para relembrar as grandes coisas que Deus fez por eles...” (1). Portanto, neste contexto o Senhor faz questão que seu povo não esqueça dos milagres e maravilhas que Ele operou no passado, a fim de que a fé do crente seja fortalecida e este saiba que o mesmo Deus que operou antigamente é o mesmo que pode operar hoje. Por isso ele diz: “Lembrai-vos das coisas passadas...” através do profeta Isaías ao povo de Judá que iria para o cativeiro babilônico, mas precisaria manter sua fé viva no Senhor seu Deus.
Por outro lado há um passado que Deus não quer que estejamos apegados a ele. O passado de sofrimento, pecado e julgamento. O Senhor deseja que seus filhos esqueçam. Há cristãos que comumente estão voltando a lembrar-se do seu passado, da vida de pecados que levavam antes de se tornarem salvos na pessoa bendita de Jesus Cristo, e se põe a falar dele às outras pessoas. Ora, se nem mesmo Deus deseja lembrar destas coisas como diz em sua Palavra “... porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados” (Jeremias 31.34), por que deve lembrar-se delas o crente nascido de novo? “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Coríntios 5.17). Portanto, neste contexto Deus diz “Não vos lembreis das coisas passadas. O próprio Deus através do profeta Isaías trás à memória do povo de Judá os Seus feitos maravilhosos operados outrora na vida de seus antepassados, (Isaías 43.16-17) e promete que irá fazer coisas maiores do que aquelas presenciadas pelos seus pais, “Eis que farei uma coisa nova...” (vs.19,20). Contudo, o povo de Judá deveria esquecer as profecias de julgamento proferidas contra eles, “As coisas passadas são as profecias de juízo anunciadas por Isaías e outros profetas (Is 42.9,21-25; 43.9,10; 46.8,9; 48.3)". (2).
Concordo que nenhum crente ou igreja ‘viva’ do seu passado como que se as manifestações espirituais desse tempo seja apenas uma realidade distante e impossível de acontecer novamente. Não devemos olhar para trás com um coração cheio de incertezas e o pensamento de ‘bons tempos que não voltam mais’, de jeito nenhum. O fervor, a devoção, o poder para vencer o mundo e o pecado. A santidade e as manifestações gloriosas da igreja de tempos remotos devem-nos inspirar, provocar em nós santo temor e santo desejo para buscarmos ao Senhor e pedir que ele derrame um grande avivamento entre nós. Deve-nos conduzir de volta para o altar da Palavra de Deus. Mover-nos em direção ao Senhor com maior devoção e desejo da Sua presença, “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós...” (Tiago 4.8). Portanto, lembrar ou não lembrar do passado, como diz a Palavra de Deus, dependerá do contexto no qual encontra-se uma e outra advertência.

Pb. Junior Mendes da Silva

(1)  Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro. CPAD, 1995, p.351
(2) O Novo comentário BIBLICO ANTIGO TESTAMENTO. Rio de Janeiro. EDITORA CENTRAL GOSPEL, 2009, P.1079

sexta-feira, 30 de março de 2012

Donnie Macclurkin - HOLY - Legendado


Apocalipse, a Revelação de Jesus Cristo. Subsídios para a lição Bíblica



As revelações dadas por Jesus Cristo ao apóstolo João, quando este se encontrava preso na ilha de Patmos por causa do seu testemunho e da Palavra de Deus (Ap. 1.9), foi endereçada à igreja do primeiro século, principalmente as sete igrejas da Ásia menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia (Ap. 1.11). Contudo, sua mensagem abrange a totalidade da igreja de Cristo em todo tempo, pensamento este que é fortemente validado pela ocorrência do número sete (que aparece muitas vezes neste livro: sete igrejas, sete estrelas, sete castiçais, sete selos, sete trombetas, etc.) que trás a idéia de plenitude nas Sagradas Escrituras, e pelos três problemas principais que se sobressaía naquelas igrejas: esfriamento espiritual, perseguição e a presença de falsos profetas. Vale lembrar que a igreja era recém formada, pois fazia apenas aproximadamente 60 anos da sua fundação, se considerarmos que o livro foi escrito por volta da década de 90 depois de Cristo, e já estava açoitada por estes infortúnios que sempre aparecem na história da igreja do Senhor no decorrer do tempo. Estudando Apocalipse podemos concluir que a sua mensagem, principalmente as cartas, podem ser aplicadas aos santos da igreja de Cristo em todo o tempo e lugar. Apesar de essas cartas serem endereçadas nominalmente às sete igrejas da Ásia menor, sua mensagem continua tão vívida e tão válida quanto o foram naquele tempo. As condições espirituais na qual se encontravam os crentes daquelas igrejas, as advertências, os elogios e as recomendações proclamadas por Jesus a estes, são tão atuais hoje como o era naquela época. Alguns estudiosos encerram a mensagem à igreja e à história do passado. Outros a remete para um futuro distante. Mas o certo é que a mensagem do apocalipse não perdeu sua validade e efeito com o passar do tempo. Estudos e debates vêm sendo travados ao longo dos anos sobre o cumprimento das profecias e o forte simbolismo que contém o último livro das Sagradas Escrituras. Neste trimestre teremos a oportunidade de estudarmos o conteúdo deste livro e conhecermos mais acerca da sua mensagem. Composto por revelações, profecias, visões, símbolos e imagens que apontam para o futuro, este livro, “é um livro que fascina e perturba os leitores” (Richards, 2007, p.540), razão pela qual para muitos o livro do apocalipse não constitui uma obra convidativa para a leitura e a reflexão e não são poucos os que não se debruçam sobre suas verdades por acharem dificílimo e muito enigmático sua compreensão e entendimento. No entanto, ao mesmo tempo em que fascina e perturba, o apocalipse “nos apresenta claramente uma percepção grandiosa e irresistível. O gentil Jesus dos Evangelhos é o Poderoso Deus que exibirá sua majestade nos terríveis julgamento sobre o pecado” (ibidem). Portanto, a mensagem do apocalipse não somente contém advertências e imagens poderosas, mas também palavras de grande consolo, esperança e fortalecimento para a fé dos crentes de todas as épocas. Estamos convidados! Vamos nos esmerar nos estudos desse trimestre com muita humildade e submissão a Santa Vontade de Deus e, acredito que o “Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17), há de lançar mais luz ao nosso entendimento para a compreensão das verdades reveladas neste tão maravilhoso livro das Sagradas Escrituras.
No decorrer do tempo linhas de interpretações do apocalipse foram sendo construídas pelos estudiosos da Bíblia Sagrada. A interpretação Futurista, por exemplo, defendida pela igreja primitiva através dos patriarcas como Justino Mártir, Irineu e outros, associa os eventos descritos neste livro, com exceção das cartas, ao futuro retorno de Cristo, e as bestas dos capítulos 13 e 17 identificadas com o anticristo. Esta é a linha mais comumente aceita pela maioria dos estudiosos de hoje. Já a visão Historicista, que associa estes eventos ao período da história entre a primeira vinda de Cristo e a sua segunda vinda, e a interpretação Preterista, que atribui os eventos do apocalipse descritos por João como uma forma de descrever os movimentos do império romano e a religião romana de seus dias (o imperador romano se auto proclamava deus e exigia adoração e a perseguição à igreja estava intensificada), não recebe quase nenhuma aceitação hoje em dia. Porém, independente da linha de interpretação a ser seguida a mensagem do livro apresenta, entre muitos eventos, o conflito dos santos com o reino das trevas, a luta do bem com o mal, e Deus por fim triunfando sobre todos os poderes das trevas. Sua mensagem apresenta a grandeza e o poder de Deus independente de quaisquer circunstâncias. Seu julgamento iminente sobre os ímpios e todos quantos rejeitaram seu amor e sua misericórdia, não faltará. Quão consolador é para nós sabermos que um dia toda a injustiça e toda a maldade por fim será exterminada. Que gozo indizível é gerado na alma do salvo ao ler este livro e descobrir que há um céu de gozo eterno preparado para ele e que uma nova cidade toda adornada de ouro e cristal será a sua morada eterna. Como é reconfortante crer que os sofrimentos pelos quais passam os servos de Jesus Cristo por causa da sua fé e de seu testemunho um dia cessarão, e que nem mais morte, nem mais choro e nem mais dor sofrerão os santos de Deus. Jesus Cristo, o cordeiro que foi morto e reviveu, o Leão da Tribo de Judá, o Rei dos reis e Senhor dos senhores é o centro da mensagem do apocalipse.
Imaginemos como foi espantoso e ao mesmo tempo glorioso para o apóstolo João que anos passados havia presenciado a crucificação de seu Mestre, assistindo aquele espetáculo horripilante onde O Cristo agonizava frágil e debilitado pendurado numa cruz (João 19.26,27), agora via o mesmo Cristo glorioso e majestoso (Ap. 1.12-16). O cordeiro de Deus agora se apresenta como o Grande Juiz. O doce rabi da Galiléia se mostra agora como O Leão da Tribo de Judá. Sua voz mansa e suave agora estrondava como o barulho de muitas águas. A visão era magnífica! E Ele mesmo diz a João “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” (1.18). E a João não restou outra coisa diante de tão esplendorosa aparição de seu Senhor a não ser cair aos seus pés “E eu, quando vi, caí a seus pés como morto e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último” (1.17). Esta é a mensagem principal deste livro: O grande Deus reinará para sempre com os seus santos. Todo o mal que assola a humanidade por fim terminará. E diante de tão maravilhosa revelação resta-nos continuarmos fiéis ao Senhor e à Sua Palavra. Resta-nos unirmos cada vez mais ao Santo Espírito de Deus e dizermos: Maranata! Ora vem Senhor Jesus! Boa Aula.
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RICHARDS, O. Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, P. 540 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Batismo com O Espírito Santo, segundo Charles G. Finney


Amados, diante de tantos movimentos ditos espirituais que temos visto em nossos dias. Diante da venda de milagres que vem sendo praticada por alguns pastores, bispos e apóstolos, e a tentativa de descaracterizar o batismo com o Espírito Santo como o temos nas Sagradas Escrituras, creio ser necessário darmos uma olhada no que pensava e pregava o pregador Charles Finney em seus dias a respeito do batismo com o Espírito Santo e seus efeitos na vida de quem O recebia. Segue parte de um texto extraído de um dos livros de Finney intitulado 'UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO', onde ele expõe seu entendimento sobre o que vem a ser o batismo com o Espírito Santo. Pra ler, refletir e comparar.

"Os apóstolos e irmãos, no dia de pentecoste, receberam-no. Mas o que receberam? Que poder exerceram depois daquele acontecimento?


Receberam poderoso batismo do Espírito Santo, vasto incremento da iluminação divina. Esse batismo proporcionou grande diversidade de dons que foram usados para a realização da obra. Abrangia evidentemente os seguintes aspectos: o poder de uma vida santa; o poder de uma vida de abnegação (essas manifestações hão de ter tido grande influência sobre aqueles a quem proclamavam o evangelho); o poder da vida de quem leva a cruz; o poder de grande mansidão, que esse batismo os capacitou a evidenciar por toda parte; o poder do amor na proclamação do evangelho; o poder de ensinar: o poder de uma fé viva e cheia de amor; o dom de línguas; maior poder para operar milagres; o dom da inspiração, ou seja, a revelação de muitas verdades que antes não reconheciam; o poder da coragem moral para proclamar o evangelho e cumprir as recomendações de Cristo, custasse o que custasse.


Nas circunstâncias em que os discípulos se achavam, todos esses poderes eram indispensáveis para seu sucesso. Contudo, nem separadamente nem todos em conjunto constituíam aquele poder do alto que Cristo prometera, e que eles evidentemente receberam. O que manifestamente lhes sobreveio, como meio supremo e de suprema importância para o sucesso, foi o poder para vencer e convencer, junto de Deus e dos homens: o poder de fixar impressões salvadoras na mente dos homens. Esse último é que foi sem dúvida o que eles entenderam que Cristo Ihes prometera. Ele encarregara a Igreja da missão de converter o mundo à sua Pessoa. Tudo que acima citei foram apenas os meios que jamais poderiam colimar o fim em vista, a não ser que fossem vivificados e se tornassem eficientes pelo poder de Deus. Os apóstolos, sem dúvida, entendiam isso, e, depondo a si mesmos e a tudo que possuíam sobre o altar. puseram cerco ao trono da graça no espírito de inteira consagração à obra.


Receberam, de fato, os dons acima citados; mas, principalmente, esse poder de impressionar os homens para a salvação. Ele manifestou-se logo em seguida: começaram a dirigir-se à multidão e --maravilha das maravilhas! -- três mil converteram-se na mesma hora. Note-se, porém, que não foi manifestado por eles nenhum novo poder nessa ocasião, exceto o dom de línguas. Não operaram dessa feita nenhum milagre, e mesmo as línguas, usaram-nas simplesmente como meio de se fazerem entender".

Um vida Cheia do Espírito - Capítulo 2 - páginas. 5,6

terça-feira, 27 de março de 2012

Guardando o coração




Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23).
O coração é apresentado na Palavra de Deus como o centro da vida humana. Por onde passa as emoções, vontades e sentimentos.
·   O Senhor Jesus falou do coração dizendo que dele procedem todas as coisas más que contaminam o homem, (Mt 15.19).
·    O Senhor disse também que onde estiver aquilo que mais valorizamos na vida ali estará também o nosso coração, (Mt 6.21).
·    O profeta Jeremias asseverou que o coração é enganoso e perverso, mas do que todas as coisas, (Jr 17.9).
·  O salmista disse que o coração do homem precisa ser purificado e servir como depositório da Santa Palavra de Deus (Sl 119.9-11).
O rei Davi teve muitos filhos (cf. II Sm 5.13-16), porém a Bíblia destaca a história de quatro deles, a saber: Absalão, Amon, Adonias e Salomão.
·  Absalão – um moço com o coração inclinado para a vaidade.
·  Amnon  – um moço inclinado para a luxúria e a sensualidade.
· Adonias – um moço com o coração inclinado para o poder e as ambições pessoais.
·  Salomão – um moço inclinado para a sabedoria e a vontade de Deus.
Analisando, ainda que sem muita profundidade, a vida desses moços, e o caminho que cada um deles seguiu poderemos pontuar alguns acontecimentos em suas vidas que marcaram sua existência.
Amnom
§  Dominado pela concupiscência carnal, (II Sm 13; I Jo 2.15,17)
§  A paixão por sua irmã (incesto) o fez adoecer, v.2
§  O inimigo maquina a morte, v 3-5
§  Acabou morto por seu irmão Absalão (vs. 28,29)
Absalão
§  Um coração vencido pela vaidade e pela beleza pessoal (II Sm 14.25,26).
§  Usurpou o trono do pai se valendo de sua simpatia perante o povo.
§  Morreu pendurado na sua própria vaidade (II Sm 18.9-10,14)
Adonias
§  Um jovem vencido pelo desejo de dominar, de ser rei. Dominado pela ambição e poder pessoal
§  Se auto Declarou rei (I Reis 1.5)
§ Festejou antes do tempo e sem a aprovação de Deus. E não chamou as verdadeiras autoridades para a festa. Foi desaprovado por Deus (I Reis 1.9,10)
§  Possuía um coração exaltado, (I Reis 2.15)
§  Acabou morto por Benaia a mando do rei Salomão (I Reis 2.23-25)
Salomão
Um coração amante da sabedoria, (I Reis 3.9-12
Pv 2.2,6,7; 3.13; 4.5,7,11; 7.4).

sexta-feira, 23 de março de 2012

SOMENTE EM JESUS TEMOS A VERDADEIRA PROSPERIDADE. Subsídios para a Lição Bíblica



Uma vida plena de prosperidade só é possível ser encontrada numa vida de comunhão com Jesus Cristo. É impossível ao indivíduo gozar da verdadeira prosperidade estando distanciado de Jesus. A parábola da videira verdadeira do evangelho de João, capítulo 15, retrata vividamente esta realidade, sem Jesus nada poderemos fazer. Sendo o homem matéria e espírito, só poderá encontrar verdadeira satisfação e prazer para as esferas de sua composição na Pessoa Bendita de Jesus, pois Nele habita toda a plenitude da Divindade, (Col 1.19). As carências humanas, físicas e espirituais, o Senhor pode suprir todas elas. Deus em Seu Filho fez opção pelo homem em sua totalidade e é no Senhor, e somente Nele, que podemos achar toda a suficiência para vivermos bem e felizes desfrutando de verdadeiro prazer, e verdadeira alegria (http://juniormendes76.blogspot.com.br/2012/02/alegria-maior.html). O conceito de prosperidade à luz da Bíblia em muito difere do que é propagado pelas idéias humanistas e também pelo movimento chamado de Teologia da Prosperidade. Na lição deste domingo, mais uma vez o tema volta à tona e o autor procura mostrar os princípios bíblicos do que é ser verdadeiramente próspero.
Sendo o homem carne e espírito não poderá negar nenhuma dessas realidades. Não deverá dá mais expansão a uma em detrimento da outra. Não é correto cuidar do corpo e esquecer-se de alimentar o espírito, são Palavras de Jesus “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). Também não está certo cuidar somente da vida espiritual e esquecer-se de seu bem estar físico e de sua saúde. O equilíbrio nestas duas áreas faz parte da vida de prosperidade através de Cristo. É preciso cuidar do corpo e da saúde, pois somos templo do Espírito Santo (I Cor 3.16). Contudo, vivemos numa época em que existe um verdadeiro culto ao corpo, uma busca incessante por um corpo belo e escultural. É claro que não há nada de mal em praticar exercícios físicos com propósitos equilibrados, a questão reside nos exageros que muitos fazem em busca do corpo perfeito. Há também os que empregam todo o seu tempo no acúmulo de bens materiais e riquezas esquecendo-se do Seu Deus e também de seu próximo. Na verdade não há nenhum problema em desejar e trabalhar por uma vida confortável e tranqüila. O problema é dedicar toda uma vida somente para este fim. O dinheiro não constitui um problema por si só e não existe em toda a Bíblia sequer um texto que o condene, porém o amor ao dinheiro e a avareza é condenado na Santa Palavra de Deus. É certo que o dinheiro poderá trazer conforto e bem estar ao indivíduo e à sua família, sendo este utilizado corretamente, contudo o cuidado deve está em como adquirimos, gastamos e vemos o dinheiro. Os meios utilizados para ganhar e gastar o dinheiro irá determinar se a pessoa tem uma vida equilibrada neste particular ou não. Para um entendimento neste aspecto recomendo dá uma olhada nesta abordagem acerca de John Wesley e suas finanças (http://www.altairgermano.net/2011/03/o-que-wesley-praticou-e-pregou-sobre-o.html).
A pobreza é vista no movimento da prosperidade como sendo resultado do pecado individual e da falta de fé do cristão. Numa ocasião estava ouvindo um pregador da prosperidade e ele chamava a bicicleta na qual um irmão estava vindo para a igreja de ‘demônio de duas rodas’, alegando em sua ‘preleção’ que todo crente tem que andar de carro novo e não em cima de ‘demônio’. Que absurdo! A Bíblia está cheia de exemplos de homens e mulheres que foram grandes instrumentos nas mãos de Deus, e através do Senhor realizaram coisas extraordinárias, e ainda assim não eram abastados financeiramente. O próprio Senhor Jesus em resposta aos que queriam segui-lo por interesse material disse “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). O profeta Elias em certo tempo da vida teve que ser sustentado por uma viúva por ordem do Senhor (I Rs 17.8-16). Para Deus, “Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo” (Provérbios 19.1). Então, a pobreza não é resultado do pecado de alguém nem tampouco da sua falta de fé. Ainda que o pecado que entrou na humanidade através do primeiro homem trouxe grades dissabores e graves problemas tanto no que consiste o homem como matéria quanto o homem como ser espiritual, em certo aspecto a pobreza é resultante da má distribuição de renda e da concentração do poder econômico nas mãos de poucos. Em muitos países faltam políticas públicas de qualidade que visem melhorar a vida de seus cidadãos menos favorecidos. E em muitas igrejas faltam obras sociais com melhor estruturação para socorrer o irmão carente. No entanto, estudamos em lições anteriores que Deus abençoa alguém financeiramente para que este possa socorrer o menos favorecidos, pois, “O que tapa seu ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido", (Pv 21.13). Mas os profetas da prosperidade imediata prometem aos seus ouvintes riquezas e prosperidades a todo custo, bastando para isto que cada um dê o seu tudo, faça o sacrifício no altar, traga a sua oferta, lance sua semente, e outras tantas coisas que deve fazer os candidatos à riqueza fácil da teologia da prosperidade para alcançar a tão sonhada vida financeira. Porém, na realidade tudo indica que não são os fiéis de tais seguimentos religiosos que estão enriquecendo e sim seus líderes como mostra, por exemplo, o vídeo abaixo.
A vida de prosperidade segundo os princípios das Sagradas Escrituras está ligada a Cristo. É vital estarmos bem fisicamente, espiritualmente e emocionalmente, porém a busca pelo bem estar deve ser equilibrada e não fugir aos conselhos da Palavra de Deus. Não devemos viver unicamente para o corpo e esquecermos a parte espiritual, da nossa comunhão com o Senhor Jesus. Por outro lado não está certo buscarmos uma vida espiritual sem se preocupar com o corpo e com nossa saúde. Faz-se necessário equilibrar as partes. Não se iluda com as promessas da conquista imediata, já ouvi alguém dizer que “tudo que vem fácil, se vai fácil também”. As conquistas vêm através de muito esforço e bastante persistência. E como disse o apóstolo Paulo vivamos contentes com o que temos (Fp. 4.11), olhando para o Senhor o nosso socorro sabendo que todas as coisas provêm Dele e para Ele é a glória a honra e o louvor. Boa Aula!

sábado, 17 de março de 2012

O PROPÓSITO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE. Subsídios para Lição Bíblica



Na lição passada estudamos os princípios basilares de como se alcançar a verdadeira prosperidade, nesta lição estudaremos os propósitos divinos para a verdadeira prosperidade. Abençoar Seus filhos e fazê-los prosperar é um desejo de Deus. A Bíblia está cheia de exemplos de homens e mulheres que foram grandemente abençoados pelo Senhor em vários aspectos de suas vidas. Contudo, sabendo nós que Deus é a fonte de toda verdadeira prosperidade devemos perguntar: Qual, ou quais são os propósitos para os quais o Senhor faz alguém prosperar? Deveremos direcionar nosso foco para esta questão e descobrir que o Senhor não abençoa alguém debalde. Que Ele não prover bens espirituais, físicos e materiais para que Seu servo se considere maior ou melhor que os outros. Que não é vontade de Deus fazer da prosperidade um fim em si mesmo para a vida do crente. Então, precisamos descobrir quais elevados propósitos tem O bondoso Deus em fazer alguém alcançar a verdadeira prosperidade.
A teologia da prosperidade trás em seu bojo muitos malefícios pelos quais conseguem ludibriar a mente humana através de ensinamentos distorcidos da Palavra de Deus, fazendo com que seus adeptos se tornem presa fácil de seus enganos. Não somente os aspectos da verdadeira prosperidade são brutalmente distorcidos por seus ensinos como também os propósitos para os quais alguém alcança a prosperidade cuja fonte é o Senhor. Seus argumentos e práticas apresentam Deus como sendo servo e o homem como sendo senhor. Seus efeitos tendem a gerar o orgulho e o individualismo nas pessoas, por que procura canalizar todo esforço pra conquista pessoal sem se preocupar nem um pouco com os outros. Estes e outros fatores acabam por colocar tal seguimento teológico num distanciamento terrível das verdades bíblicas. Mas, como saber se estamos usando de forma correta e com os objetivos corretos as bênçãos advindas do Senhor para nossa vida? Entre muitos outros pontos, dois merecem destaque nesta discussão, o Reino de Deus e o nosso próximo. Aliás, estas são as idéias principais que o autor da lição trabalha buscando apontar tais realidades como sendo os principais objetivos pelos quais o Senhor abençoa o crente.
No estudo sobre o propósito da verdadeira prosperidade a primeira verdade a ser absorvida é que Deus é a fonte de toda benção. Ele foi para o povo de Israel em suas jornadas e peregrinações no deserto, Ele foi para igreja primitiva e todos os Seus santos, Ele é e será para a igreja deste tempo e dos tempos vindouros. O homem sem Deus nada é, Jesus disse “Sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). No entanto, não se deve seguir a Deus e buscar Seu favor com o intuito de adquirir riquezas, poder, fama, status e outras coisas mais que são oferecidas no bazar da fé da maioria das igrejas neo pentecostais, que adotaram a teologia da prosperidade como sua doutrina principal. Nestas igrejas a fé é vendida como um produto de mercado que, como a ‘varinha mágica das fadas madrinhas em filmes infantis’, tem o poder de fazer aparecer tudo o que o homem desejar. Sentimento individualista e egoísta é o que não falta nesses seguimentos.  Mas Deus nos tornou Seus Despenseiros para zelarmos pelo que Ele nos concede e cuidar das nossas necessidades e da nossa família, abençoar Sua obra com fidelidade através dos dízimos e ofertas e socorrer nosso próximo em suas necessidades. Não existem propósitos mais elevados dos que estes. Não existem objetivos mais excelentes. Quando o próspero obedece ao Senhor e sua vida está pautada nestes quesitos o Nome do Senhor é glorificado e o Seu grande poder manifesto entre as pessoas.
Todo ser humano tem suas necessidades básicas ou carências humanas. Comer, vestir, estar abrigado, etc. Contudo, Jesus em Seus ensinos nos exorta a não andarmos ansiosos por causas destas coisas, ou seja, não colocarmos nossos pensamentos de forma exacerbada nessas preocupações, pois, o Pai cuida de Seus filhos (Mateus 6.24-34) O apóstolo Paulo também exortou os crentes de Filipos neste particular e disse-lhes para estarem contentes com o que possuíam. É preciso entender, porém, que nem Jesus, nem tampouco o apóstolo Paulo, está incentivando os crentes ao comodismo e à preguiça, de forma alguma, logo por que o ensino nas Sagradas Escrituras neste particular diz que o homem vive do suor de seu rosto. O que esta exortação bíblica busca é mostra aos súditos o estilo de vida do Reino de Deus. Observemos que o versículo dezenove de Mateus seis diz para não ajuntarmos tesouro na terra, porque estes são deterioráveis, corrompe-se e competem com a completa lealdade de Deus (Mateus 6.24). Portanto, não é propósito da verdadeira prosperidade o enriquecimento do crente e sim sua completa confiança na fidelidade divina tendo a certeza de que Deus tem cuidado do seu povo.
Deus usa o profeta Isaías e diz ao povo de Israel: “Por ventura, não é este o jejum que escolhi... Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto e recolhas em casa os pobres e desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas daquele que é da tua carne? (Isaias 58.6,7). A Palavra de Deus está cheia de ensinamentos neste sentido. É mandamento divino o socorro ao próximo. Nos dois Testamentos encontramos o Senhor asseverando-nos que esta é uma santa responsabilidade para àqueles a quem Deus tem concedido Suas bênçãos. É a materialização do amor e da fé. Então devemos concluir que Deus faz Seu servo prosperar para que este socorra e atenda aos mais necessitados. Aliás, esta é uma das idéias principais da lição deste domingo. Não pouco, nosso Deus ordena a olharmos e enxergamos as necessidades alheias e buscarmos socorrer, principalmente aos domésticos da fé, contudo, devemos socorrer também àqueles que não fazem parte de nossa comunidade de fé, não compartilha da mesma doutrina, pois também estes são nossos próximos a quem Jesus mandou amar, (Mateus, 19.19). E certo que, amar somente de palavras, não é amar. Fé sem ação direcionada é uma fé sem efeitos práticos, sem resultados para o Reino de Deus e a vida do crente, não gera glorificação ao Santo Nome de Jesus. Por isso se faz necessário ajudar de forma indiscriminada aos que estão necessitados de ajuda.
O segundo principal objetivo da prosperidade verdadeira é o compromisso com a expansão do reino de Deus no que tange às contribuições financeiras. Diante da mercadologia da fé e da exploração que fazem grande parte da liderança evangélica que aparecem na mídia todos os dias em nossa casa, o cristão pode ser levado a não querer contribuir para a Obra de Deus. Infelizmente, os escândalos que temos assistidos neste particular vêm contribuindo para que muitos ‘fechem a mão’ ao trabalho da igreja. É assustador ver a quantidade de obreiros que andam enriquecendo ilicitamente fazendo uso da boa fé daqueles que estão na igreja. Porém, Deus que é o Dono da obra pedirá contas a cada um segundo o que cada um tem feito. Devemos, contudo, manter nosso compromisso com o Reino e cobrar da liderança a aplicação de forma ordenada e justa das contribuições financeira dos santos na expansão do Reino de Deus, principalmente no quesito missões, que em certos lugares tem recebido pouca atenção. Não é objetivo dos dízimos e ofertas o enriquecimento de pastores, bispos ou apóstolos. É bem verdade que o cristão deseja que seu líder ande ‘bem apresentado’ e viva bem, porém, o que não se deve concordar é com os exageros que muitos que estão na liderança vem praticando com o que entra no ‘tesouro da casa do Senhor’. Contribuamos com alegria para a expansão do Reino de Deus. Boa Aula!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Algumas lições da figueira que secou.





“E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto... E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade. E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes” (Marcos 11.12-14,19-20).
Este episódio da figueira estéril tipifica com muita precisão o estado espiritual no qual se encontrava o povo de Israel, principalmente seus líderes, em sua religião legalista. Por fora parecia bela e frondosa, mas interiormente desprovida de frutos. É importante notar que, paralelo a este acontecimento, o Senhor Jesus purificou o Templo de Jerusalém que havia se tornado um lugar para os aproveitadores e exploradores da fé. O que deveria ser ‘casa de oração’, havia se tornado num ‘covil de ladrões’ (Marcos 11.15-17). Assim como a figueira, este santo lugar por fora parecia belo e formoso em sua suntuosidade, mas por dentro’ o mau cheiro’ das ações dos que ali vendiam e negociavam, pairava no ar. Jesus não perdeu tempo, purificou o lugar. Então, vamos tirar algumas lições deste acontecimento para a igreja de nossos dias e também para nossa própria vida como cristãos.
1 – A figueira de longe dava a impressão que tinha frutos. Semelhantemente a figueira da narrativa bíblica, algumas coisas avistadas de longe parecem formosas e cheias de vida a primeira vista. Alguns movimentos e acontecimentos no meio evangélico tendem a serem visto como poderosos e cheios de resultados. A vida de alguns cristãos dá a impressão de que são cheias de poder e de frutos espirituais. Mas, uma análise detalhada dos fatos e a convivência no dia-a-dia mostrarão que não é bem o que parece ser. Quando se procura pelos frutos o que se encontra é uma vida estéril, vazia, desprovida da graça divina e dos frutos espirituais. Jesus certamente ficou ‘desapontado’ quando procurou fruto entre a folhagem e nada encontrou. De igual forma penso que o sentimento é o mesmo quando alguém percebe que em determinados movimentos, ditos cristãos, nada passou de barulho e emoção. Quando alguém espera de nós padrões e comportamentos que condizem com o que cremos e pregamos, mas nada disso encontram e constata que era apenas aparência.
2 – Jesus se aproximou da figueira em busca de fruto, mas só havia folhas. Nesta época em que a aparência conta muito e alguns se aproveitam para passarem despercebidos. Onde muitas vezes o barulho é grande mais os resultados e conteúdos quase não existem. É preciso que façamos sempre, uma análise detalhada das coisas e dos fatos antes de formularmos algum juízo a respeito. Não devemos nos precipitar. Precisamos avaliar ‘a figueira’ de perto, para sabermos se além de folhas existem também os frutos. Não devemos nos enganar com a aparência. Não podemos ser enganado pelos olhos como aconteceu com o profeta Samuel ao chegar à casa de Jessé para ungir o novo rei de Israel e se encantou com Eliabe à primeira vista (I Samuel 16.6,7). Infelizmente, não é difícil percebemos que algumas igrejas se encontram estéreis. Alguns ministérios vazios e sem vida. De igual modo, é necessário também avaliarmos nossa vida de cristão a fim de encontrarmos em nós mesmos o fruto do Espírito Santo, qualidade sine qua non para vida de todo filho de Deus (Gálatas 5.22). Uma árvore florida até serve para enfeitar o ambiente, torná-lo mais verde, mais harmonioso, mas, somente os frutos poderão saciar a fome. O Senhor Jesus disse aos seus discípulos “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (João 15.8).  
3 – Não era tempo de figos. A primeira vista parece estranho que o Senhor Jesus tenha sentenciado a figueira a não produzir nunca mais frutos quando o evangelista Marcos afirma que não era tempo da figueira dá figos. Teria Jesus cometido uma injustiça? Estava Ele procurando frutos em momento errado? De forma alguma. Nosso Deus é perfeito e Nele não há falhas nem tampouco sombra de variações. O certo é que este fato ocorreu entre o mês de março e abril – período em que os judeus celebravam a páscoa – e os frutos da figueira só aparecem entre Maio e Junho. No entanto, naquele momento, aquela figueira deveria estar carregada de brotos, pois foi a estes que Jesus procurou para ‘matar’ a fome. “Alguns dizem que os primeiros brotos de frutos da figueira aparecem dois meses antes das folhas, portanto, mesmo não sendo época de figos, a figueira já aparentava maturidade suficiente para mesmo fora de época, possuir frutos! Cristo olha de um lado, olha de outro e só vê folhas, nenhum fruto, então lança uma maldição sobre a figueira que o "ENGANOU" com sua aparência”. (http://monergismo.com/forum/index.php?topic=690.0). Veja que o texto diz que Jesus “foi ver se nela acharia alguma coisa”. Porém, nada encontrou. Que desalentador era esta contestação.  A figueira não tinha nem os primeiros frutos, tão essencial à sua frutificação futura, pois primeiro vinham os brotos, depois as folhas e por fim os frutos. Este ponto nos ensina que a frutificação na vida espiritual é um processo gradativo, contudo na vida do cristão devem aparecer frutos espirituais. Não se concebe cristianismo somente de aparência. Não é aceitável uma fé sem resultados reais na vida de quem a possuí. Mas uma vez, compete-nos lançarmos uma olhar sobre nós mesmos e fazermos a pergunta, estou eu produzindo frutos em minha vida para a glória do meu Senhor?! Ouçamos o que diz a Santa Palavra de Deus “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” (João 15.16).
4 – A figueira se secou desde as raízes. O que aconteceu com a figueira nos trás um alerta. Cristianismo de aparências, vida desprovida do fruto do Espírito Santo e santidade, ministério estéril, falsa espiritualidade, não subsistem ao tempo. Poderá até num primeiro momento ‘enganar’ como aconteceu com a figueira, mas por fim secará por não haver frutificação, revelando o seu verdadeiro estado.
Sabemos que na atual dispensação bíblica chamada de dispensação da graça, Deus abriu ‘Seus Santos celeiros’ à sua igreja, provendo-a das mais excelentes bênçãos celestiais. Entendemos através de Sua Palavra que o tratamento com o Seu Povo Israel está, por um momento, ‘estacionado’ e que o Senhor está ‘voltado’ para o povo comprado com o sangue de Seu Filho Jesus, a igreja. Portanto, urge sermos frutíferos e glorificarmos ao Nosso Deus com toda nossa vida.

terça-feira, 13 de março de 2012

As bases para o verdadeiro avivamento


 “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (II Crônicas 7.14).

Através destas palavras, dadas ao rei Salomão na ocasião da consagração do Templo que ele havia construído em Jerusalém, o Senhor lançou as bases para que o seu povo, em qualquer época e em qualquer lugar, recebesse e desfrutasse do verdadeiro avivamento. Compreendo que não haverá avivamento puro e real enquanto estes princípios estabelecidos pelo próprio Deus não estejam de fato presentes na vida de Seus filhos.

Para falarmos de avivamento precisamos defini-lo no contexto bíblico. E é possível encontrar algumas definições para o termo. Porém, todas participam dos mesmos princípios supracitados, humilhação, oração persistente e fervorosa, busca da face do Senhor e arrependimento sincero para que se alcance o avivamento tão almejado.

“O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de "preservar" ou "manter vivo". Porém, "avivar" não significa somente preservar ou manter vivo, mas também purificar, corrigir e livrar do mal. Esta é uma conseqüência natural em toda vez que Deus aviva. Na história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso da causa“. (http://www.monergismo.com/textos/avivamento/avivamento_padrao.htm).

Encontramos também alguns apontamentos para o que não é um avivamento espiritual.

“Avivamento não é ação da igreja, mas de Deus. Avivamento é obra soberana e livre do Espírito Santo. A igreja não promove e nem faz avivamento. A igreja não é agente de avivamento. A igreja não agenda e nem programa avivamento. A igreja só pode buscar o avivamento e preparar o caminho da sua chegada. A igreja não produz o vento do Espírito, ela só pode içar suas velas em direção a esse vento. A soberania de Deus, no entanto, não anula a responsabilidade humana. O avivamento jamais virá se a igreja não preparar o caminho do Senhor. O avivamento jamais acontecerá se a igreja não se humilhar. Sem oração da igreja, as chuvas torrenciais de Deus não descerão. Sem busca não há encontro. Sem obediência a Deus, jamais haverá derramamento do Espírito. Contudo, quem determina o quando e o como do avivamento é Deus. Ele é soberano. David Brainerd orou vários anos pelo avivamento entre os índios peles vermelhas no século XVIII. Aquele jovem, ajoelhado na neve, suava de molhar a camisa, em agonia de alma, em oração fervente, em favor daqueles pobres índios. Quando o seu coração parecia desalentado e já não havia prenúncios de chuva da parte de Deus, o Espírito foi poderosamente derramado e os corações se dobraram a Cristo aos milhares”. (ibidem)

Diante do exposto ficam as perguntas. Precisamos ou não urgentemente de um verdadeiro avivamento em nosso meio? Estamos neste tempo, cumprindo ou não as exigências estabelecidas pelo Senhor em Sua Santa Palavra?

Continuaremos tratando deste assunto em próximos artigos neste blog, em Nome de Jesus.



sexta-feira, 9 de março de 2012

COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE. Subsídios para Lição Bíblica.




Na lição deste domingo estudaremos os princípios básicos para se chegar à verdadeira prosperidade à luz da Palavra de Deus. O ensino contrapõe o que vem sendo ensinado pelos defensores e pregadores da teologia da prosperidade. A verdadeira prosperidade não está condicionada a técnicas, fórmulas, campanhas, pedra daquilo, óleo disso, nada disso. Ela é alcançada quando nos submetemos ao crivo da Santa Palavra de Deus e obedecemos a seus santos preceitos.
A lição em apreço está dividida em três tópicos que poderemos sintetizar da seguinte forma:
1.       Confiando na suficiência de Deus A responsabilidade do crente de submeter sua confiança e fé nos cuidados do Senhor. É o princípio que está no plano interior do homem fazendo-o olhar para Deus confiando em suas promessas e fidelidade.
2.       Dedicando-se ao trabalho – A participação do cristão na construção de uma vida próspera de forma honesta e honrada. É a abrangência do esforço físico e mental do crente aproveitando o tempo e as oportunidades que lhe chegam.
3.       Usando o dinheiro conscientemente – A mordomia cristã na administração dos bens que lhe são concedidos pelo Senhor. É o crente usando seus recursos financeiros e materiais com prudência sempre priorizando a glória de Deus em sua vida e a Obra do Senhor.
A Bíblia mostra o homem composto por duas entidades espirituais – que são espírito e alma – e uma entidade física – o corpo, (I Tes 5.23). Portanto, dotado de sentimentos e emoções, necessidades e aptidões físicas. No projeto Divino para o bem estar e uma vida de satisfação do homem o primeiro plano se atém à parte espiritual do homem, a qual foi tragicamente maculada pela queda de Adão no Éden. Logo, antes de qualquer bênção material o Senhor deseja abençoá-lo espiritualmente através do perdão, justificação, salvação e certeza de vida eterna. Não se concebe prosperidade verdadeira sem salvação, ou seja, alguém pode possuir muitas riquezas, saúde, amigos, etc., porém, se esta pessoa não for salva em Cristo Jesus, se ela não se sentir perdoada de seus pecados por Deus e aceita como filho através da adoção divina, não podemos dizer que desfruta da verdadeira prosperidade. É neste ponto que a pessoa contribui pra sua prosperidade confiando nas promessas de Deus, esboçadas nas Sagradas Escrituras.
Alguém já disse que toda pessoa precisa de algo ou alguém em quem confiar. Ter fé, acreditar, ter confiança, faz parte da vida humana. O crente em Jesus desfruta do privilégio de confiar em Seu maravilhoso cuidado. A fidelidade de Deus relatada na Bíblia Sagrada e as experiências vivenciadas por aqueles que depositam sua confiança no Senhor, aguçam ainda mais este conceito de verdadeira prosperidade. O salmista disse “Fidelíssimos são os teus testemunhos” (Salmo 93.5a). O apóstolo Paulo afirma que Deus supre todas as nossas necessidades em Cristo Jesus (Fp 4.19). É confiando na fidelidade de Deus que o crente sabe que Ele proverá o necessário para que este viva uma vida digna e honesta em Sua Presença. O Senhor Jesus antes de enfrentar a cruz exortou seus discípulos a crerem em Deus e também em Cristo (João 14.1). Essa fé gera verdadeira prosperidade.
Há um conceito errado sobre o trabalho que é corrente no meio popular. Alguém pensa que este é resultado do pecado, quando na verdade a Bíblia ensina que ele é uma instituição divina. O próprio Deus trabalha,. Jesus afirmou “Meu pai trabalha até agora...” (João 5.17). A idéia de adquirir riquezas e bens materiais desassociados do trabalho não condiz com o que Deus projetou para o homem. A Bíblia é contra a preguiça (Pv 6.6), e aos meios ilícitos de enriquecimento, “Como a perdiz, que choca ovos que não pôs, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará, e no seu fim será um insensato”. (Jr 17.11). Portanto, no caminho para a verdadeira prosperidade aparece a necessidade do trabalho. Ouvi pastor Nemuel Kesller dizer em certa ocasião: “O trabalho dignifica o homem. O trabalho gera dignidade.
Além de produzir dignidade, o trabalho proporciona benefícios tanto para quem o executa como também para outros que venham ser beneficiados por este. Aliais, Deus nos concede bens para abençoarmos os outros e a Sua Obra. A Bíblia está cheia de advertências para que aqueles que têm possa socorrer os que não têm.
   O mundo pós-moderno trouxe consigo diversos males. Um deles é o consumismo. Numa época em que o TER suplanta o SER, os filhos de Deus precisam está vigilantes para não caírem nesta armadilha. A mídia de massa, usada em escala gigantesca pela indústria, nos mais diversos seguimentos, despeja constantemente em nossas casas, através das muitas propagandas, a falsa idéia de que devemos possuir isto e aquilo outro. E no afã de acompanhar o ritmo e seguir as últimas tendências, muitos cristãos se tornam presas fáceis dessa armadilha chamada consumismo. Compra tudo o que vê. Querem sempre estar na moda, possui o que há de mais novo no mercado. E quando se trata de componentes tecnológicos, ai a coisa descamba completamente. Por exemplo, existem crentes que trocam de celular periodicamente, sem a menor necessidade. E desse mau uso de seus bens, muitas vezes decorrem as contas intermináveis, dores de cabeça, noites de sono e perda da saúde. Acabam por comprometerem seu compromisso com o Senhor e a Sua Obra. Por administrar mal os bens do Seu Senhor, por que a Bíblia diz que tudo é de Deus: “Do Senhor é a terra e tudo o que nela há...” (Salmo 24.1), comprometem sua fidelidade nos dízimos e nas ofertas voluntárias. Não contribuindo assim, para o crescimento do Reino de Deus na terra. Faltando-lhe a fidelidade nesta parte da vida cristão tão importante aos servos de Deus.
Diante do que expomos neste resumo dos conceitos abordados na lição deste domingo (11 de março de 2012), podemos chegar a conclusão que, se o cristão deposita sua fé e confiança em Deus, desfrutando de bênçãos espirituais. Se este adquiri seus bens materiais através do trabalho honesto e digno. E contribui regularmente para a Obra do Seu Deus, expansão do Seu Reino e o bem estar de seus irmãos mais necessitados, este crente possui a verdadeira prosperidade. Boa Aula!