Na lição passada estudamos os princípios basilares
de como se alcançar a verdadeira prosperidade, nesta lição estudaremos os
propósitos divinos para a verdadeira prosperidade. Abençoar Seus filhos e
fazê-los prosperar é um desejo de Deus. A Bíblia está cheia de exemplos de
homens e mulheres que foram grandemente abençoados pelo Senhor em vários
aspectos de suas vidas. Contudo, sabendo nós que Deus é a fonte de toda
verdadeira prosperidade devemos perguntar: Qual, ou quais são os propósitos
para os quais o Senhor faz alguém prosperar? Deveremos direcionar nosso foco
para esta questão e descobrir que o Senhor não abençoa alguém debalde. Que Ele
não prover bens espirituais, físicos e materiais para que Seu servo se considere
maior ou melhor que os outros. Que não é vontade de Deus fazer da prosperidade
um fim em si mesmo para a vida do crente. Então, precisamos descobrir quais
elevados propósitos tem O bondoso Deus em fazer alguém alcançar a verdadeira
prosperidade.
A teologia da prosperidade trás em seu bojo muitos
malefícios pelos quais conseguem ludibriar a mente humana através de
ensinamentos distorcidos da Palavra de Deus, fazendo com que seus adeptos se
tornem presa fácil de seus enganos. Não somente os aspectos da verdadeira
prosperidade são brutalmente distorcidos por seus ensinos como também os
propósitos para os quais alguém alcança a prosperidade cuja fonte é o Senhor.
Seus argumentos e práticas apresentam Deus como sendo servo e o homem como
sendo senhor. Seus efeitos tendem a gerar o orgulho e o individualismo nas
pessoas, por que procura canalizar todo esforço pra conquista pessoal sem se
preocupar nem um pouco com os outros. Estes e outros fatores acabam por colocar
tal seguimento teológico num distanciamento terrível das verdades bíblicas. Mas,
como saber se estamos usando de forma correta e com os objetivos corretos as
bênçãos advindas do Senhor para nossa vida? Entre muitos outros pontos, dois
merecem destaque nesta discussão, o
Reino de Deus e o nosso próximo. Aliás, estas são as idéias principais que
o autor da lição trabalha buscando apontar tais realidades como sendo os
principais objetivos pelos quais o Senhor abençoa o crente.
No estudo sobre o propósito da verdadeira
prosperidade a primeira verdade a ser absorvida é que Deus é a fonte de toda benção. Ele foi para o povo de Israel em
suas jornadas e peregrinações no deserto, Ele foi para igreja primitiva e todos
os Seus santos, Ele é e será para a igreja deste tempo e dos tempos vindouros.
O homem sem Deus nada é, Jesus disse “Sem mim nada podeis fazer” (João 15.5).
No entanto, não se deve seguir a Deus e buscar Seu favor com o intuito de
adquirir riquezas, poder, fama, status e outras coisas mais que são oferecidas
no bazar da fé da maioria das igrejas neo pentecostais, que adotaram a teologia
da prosperidade como sua doutrina principal. Nestas igrejas a fé é vendida como
um produto de mercado que, como a ‘varinha mágica das fadas madrinhas em filmes
infantis’, tem o poder de fazer aparecer tudo o que o homem desejar. Sentimento
individualista e egoísta é o que não falta nesses seguimentos. Mas Deus nos tornou Seus Despenseiros para zelarmos pelo que Ele nos concede e cuidar das
nossas necessidades e da nossa família, abençoar Sua obra com fidelidade
através dos dízimos e ofertas e socorrer nosso próximo em suas necessidades.
Não existem propósitos mais elevados dos que estes. Não existem objetivos
mais excelentes. Quando o próspero obedece ao Senhor e sua vida está pautada
nestes quesitos o Nome do Senhor é glorificado e o Seu grande poder manifesto
entre as pessoas.
Todo ser humano tem suas necessidades básicas ou carências humanas. Comer, vestir, estar
abrigado, etc. Contudo, Jesus em Seus ensinos nos exorta a não andarmos
ansiosos por causas destas coisas, ou seja, não colocarmos nossos pensamentos
de forma exacerbada nessas preocupações, pois, o Pai cuida de Seus filhos (Mateus 6.24-34) O apóstolo Paulo também
exortou os crentes de Filipos neste particular e disse-lhes para estarem contentes
com o que possuíam. É preciso entender, porém, que nem Jesus, nem tampouco o
apóstolo Paulo, está incentivando os crentes ao comodismo e à preguiça, de
forma alguma, logo por que o ensino nas Sagradas Escrituras neste particular
diz que o homem vive do suor de seu rosto. O que esta exortação bíblica busca é
mostra aos súditos o estilo de vida do Reino de Deus. Observemos que o
versículo dezenove de Mateus seis diz para não ajuntarmos tesouro na terra,
porque estes são deterioráveis, corrompe-se e competem com a completa lealdade
de Deus (Mateus 6.24). Portanto, não é propósito da verdadeira prosperidade o
enriquecimento do crente e sim sua completa confiança na fidelidade divina
tendo a certeza de que Deus tem cuidado do seu povo.
Deus usa o profeta Isaías e diz ao povo de Israel:
“Por ventura, não é este o jejum que escolhi...
Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto e recolhas em
casa os pobres e desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas daquele
que é da tua carne? (Isaias 58.6,7). A Palavra de Deus está cheia de
ensinamentos neste sentido. É mandamento divino o socorro ao próximo. Nos dois
Testamentos encontramos o Senhor asseverando-nos que esta é uma santa
responsabilidade para àqueles a quem Deus tem concedido Suas bênçãos. É a
materialização do amor e da fé. Então devemos concluir que Deus faz Seu servo
prosperar para que este socorra e atenda aos mais necessitados. Aliás, esta é
uma das idéias principais da lição deste domingo. Não pouco, nosso Deus ordena
a olharmos e enxergamos as necessidades alheias e buscarmos socorrer,
principalmente aos domésticos da fé, contudo, devemos socorrer também àqueles
que não fazem parte de nossa comunidade de fé, não compartilha da mesma
doutrina, pois também estes são nossos próximos a quem Jesus mandou amar,
(Mateus, 19.19). E certo que, amar somente de palavras, não é amar. Fé sem ação
direcionada é uma fé sem efeitos práticos, sem resultados para o Reino de Deus
e a vida do crente, não gera glorificação ao Santo Nome de Jesus. Por isso se
faz necessário ajudar de forma indiscriminada aos que estão necessitados de
ajuda.
O segundo principal objetivo da prosperidade
verdadeira é o compromisso com a
expansão do reino de Deus no que tange às contribuições financeiras. Diante
da mercadologia da fé e da exploração que fazem grande parte da liderança evangélica
que aparecem na mídia todos os dias em nossa casa, o cristão pode ser levado a não
querer contribuir para a Obra de Deus. Infelizmente, os escândalos que temos
assistidos neste particular vêm contribuindo para que muitos ‘fechem a mão’ ao
trabalho da igreja. É assustador ver a quantidade de obreiros que andam enriquecendo
ilicitamente fazendo uso da boa fé daqueles que estão na igreja. Porém, Deus
que é o Dono da obra pedirá contas a cada um segundo o que cada um tem feito.
Devemos, contudo, manter nosso compromisso com o Reino e cobrar da liderança a
aplicação de forma ordenada e justa das contribuições financeira dos santos na
expansão do Reino de Deus, principalmente no quesito missões, que em certos
lugares tem recebido pouca atenção. Não é objetivo dos dízimos e ofertas o
enriquecimento de pastores, bispos ou apóstolos. É bem verdade que o cristão
deseja que seu líder ande ‘bem apresentado’ e viva bem, porém, o que não se
deve concordar é com os exageros que muitos que estão na liderança vem
praticando com o que entra no ‘tesouro da casa do Senhor’. Contribuamos com
alegria para a expansão do Reino de Deus. Boa Aula!
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