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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sebna, orgulho e ruína.

A palavra de Deus diz que “A soberba precede a ruína e a altivez do espírito precede a queda”, Pv. 16.18. O orgulho, que muitas vezes é tratado na Bíblia como soberba ou altivez do espírito, tem sido a causa do fracasso e da ruína de muita gente. Não são poucos os textos bíblicos e os exemplos relatados nas Sagradas Escrituras de como Deus se opõe àqueles que são orgulhosos ou demonstram atitudes de soberba. O apóstolo Pedro diz em sua primeira carta que “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”, I Pe 5.5b. E ainda aconselha-nos “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus…”, I Pe 5.6. O rei Nabucodonosor da Babilônia, em seu orgulho, não reconheceu que a grandeza do seu reinado provinha do Senhor Jeová e não Lhe deu a glória devida, foi “comer capim com os animais” e viver entre eles até que reconheceu a grandeza do Deus dos céus, humilhou-se, e foi restituído ao seu reinado, Daniel 4.29-34. Herodes, em seu orgulho, não deu glória a Deus e morreu “comido de bicho”, Atos 12.21-23. O fariseu, da parábola contada por Jesus, que subiu ao templo para orar, exaltou-se a si mesmo em detrimento do publicano, voltou sem ser atendido, enquanto o outro por se humilhar desceu justificado. E asseverou o Senhor Jesus: “porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” Lucas 18.9-14.
Ezequias, rei de Judá, tinha dois tesoureiros, Sebna – cujo nome significa vigoroso, homem forte, jovem – e Eliaquim, cujo significado do nome é “aquele que o Senhor levanta, estabelece e sustenta”. Sebna, que era o principal dos dois administradores, ou mordomos, dos bens do reino, é a figura do homem que ostenta grandeza para si. Ele era o principal na sua função. Contudo, além de ser infiel no que se refere às riquezas do reino, pois nos diz o texto sagrado que ele acumulou para si carros e glória v.18, ele também desejava ser celebrado após sua morte, e ter seu nome lembrado entre os judeus nas gerações vindouras. Então começou construir para si uma sepultura em um “lugar alto”, numa rocha à vista de todos, v.16. Com tal atitude, ele demonstrava um espírito de orgulho e um coração cheio de soberba. Era o típico homem que faz as coisas para ser visto pelos outros, comportamento tão condenado por Jesus Cristo em sua época, pois assim agiam os fariseus, Mt 6.5. Como o Senhor não suporta o espírito altivo, enviou o profeta Isaias para repreendê-lo, v.15.
O orgulho gera na pessoa um sentimento exagerado de autoconfiança. Infectado por ele, o homem começa pensar que é auto-suficiente e se coloca numa posição acima dos outros. Deixa de confiar no Senhor e no Seu poder e começa a confiar em si mesmo. Geralmente não escuta os outros e não recebe orientação de ninguém. No que realiza, espera os aplausos de outros. Não dá a honra ao Senhor e não considera àqueles que estão acima dele. Sebna, não buscou a honra de Deus nem considerou o seu rei, pois a atitude de construir tal sepultura era uma demonstração de desprezo ao piedoso rei Ezequias, pois aos reis estavam destinado tais honrarias em sua sepultura, II Cr 16.13,14. Deus não suportou, e ditou a sentença através do seu santo profeta.
Falando por Isaías Deus lhe pergunta, “Que é que tens aqui, ou a quem tens tu aqui…?”, v.16a. Parafraseando, é possível dizer que o Senhor lhe perguntava, quem você pensa que é para fazer tal coisa? Uma característica do orgulhoso é não respeitar poderes nem tampouco hierarquias. Imagino que nesta hora Sebna tenha emudecido. E o Senhor prossegue “Eis que o SENHOR te arrojará violentamente como um homem forte, e de todo te envolverá”, v.17. Era o começo da ruína do orgulhoso Sebna. O Senhor Jeová assevera-lhe através do santo homem, que o arrancaria com violência do seu lugar, que tal qual uma bola rolando num campo espaçoso assim seria ele na sua morte, e que toda “sua pompa” seria posta por terra. Que as riquezas que ele havia acumulado ilicitamente de nada lhe adiantaria quando o julgamento de Deus começasse em sua vida. Que de nada lhe aproveitaria construir uma sepultara em lugar alto, como se isso lhe assegurasse alguma confiança, v.18. Deus o demitiria do seu cargo e colocaria outro em seu lugar, o humilde Eliaquim, v.19-21. Esta era a recompensa da soberba deste homem. E assim foi. Do alto da sua falsa confiança este mordomo do rei Ezequias foi arrojado para baixo. Aliás, em tempos remotos Deus assim fez ao querubim ungido (que veio ser Satanás), justamente por causa do orgulho que lhe nasceu no coração e do desejo de está acima de Deus, Isaías 14.12-19. Não é sem razão que está escrito que ao que a si mesmo se exalta, será humilhado.
Este tão curto relato sobre Sebna nas Sagradas Escritura tem muito a nos dizer e a ensinar. Encerra em si um grito de alerta para nós cristãos não cairmos nas garras do orgulho, não permitindo que a soberba encontre guarida em nosso coração. As conseqüências do orgulho são nefastas e arruinadoras. Infelizmente, não é difícil encontrarmos pessoas em nosso meio infectado por tão “pernicioso germe”. Exemplos de posicionamentos e atitudes arrogantes podem ser encontrados até entre os santos na igreja do Senhor. Contudo, nós cristãos precisamos exercer a humildade em nossa vida, em todos os âmbitos. E sobre os que fazem parte do santo ministério do Senhor pesa ainda mais o santo dever de agir de maneira humilde e amorosa com seus semelhantes. Que seja achado em nós, servos de Deus, o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que sendo Deus, humilhou-se a si mesmo tomando a forma de homem, e como servo foi obediente até a morte, e morte de Cruz, Fp 2.5-9. E que quando desejamos ser exaltados, que sejamos pelo Senhor que é Juiz, e que a uns abate e a outros exalta, Sl 75.7. Sigamos sempre o conselho da Santa Palavra de Deus que nos diz “…diante da honra vai a humildade”, Pv 18.12

Pb. Junior Mendes
Assembléia de Deus de Rio Tinto/Paraíba 

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